Eduardo Bolsonaro ataca Moraes após proibição de contato com o pai: "gângster de toga"
O filho ‘03’ do ex-presidente também acusou o ministro de censura e coerção contra Jair, que está usando tornozeleira eletrônica e impedido de utilizar redes sociais
Publicado: 18/07/2025 às 12:52

Eduardo Bolsonaro se disse perseguido e pedirá "asilo" ao governo dos Estados Unidos (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Deputado federal licenciado morando nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro (PL) atacou verbalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as medidas cautelares determinadas nesta sexta-feira (18) que proíbem o contato com o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes – hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando”, escreveu o ‘filho 03’ de Jair Bolsonaro em nota à imprensa.
Eduardo também acusou Moraes de censura e coerção contra Jair, que está usando tornozeleira eletrônica e impedido de utilizar redes sociais.
“Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil – alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal – a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil”, declarou.
O Diario de Pernambuco obteve acesso à decisão de Alexandre de Moraes, em que Jair e Eduardo Bolsonaro são acusados de “instigar e auxiliar os Estados Unidos na prática de atos hostis contra o Brasil” visando arquivar ou extinguir a ação penal que investiga a trama golpista.
Para o ‘03’, Moraes faz Bolsonaro de refém para atacar o governo estadunidense, mas acaba ferindo a democracia brasileira.
“Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos – um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis”, afirmou.
O parlamentar acredita, ainda, que as medidas contra o ex-presidente deixarão o movimento bolsonarista fortalecido.
“Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele – cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados – até que a nossa voz seja ensurdecedora”, disse.

