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Política
INVESTIGAÇÃO

PF não consegue localizar Eduardo Bolsonaro nos EUA para intimação

Corporação tenta notificar oficialmente o deputado licenciado sobre inquérito que atua uma suposta atuação dele contra o Judiciário brasileiro no exterior

Publicado: 06/06/2025 às 19:47

Eduardo Bolsonaro se disse perseguido e pedirá "asilo" ao governo dos Estados Unidos /Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Eduardo Bolsonaro se disse perseguido e pedirá "asilo" ao governo dos Estados Unidos (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal não conseguiu localizar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para notificá-lo oficialmente sobre a abertura do inquérito que apura atuação dele nos Estados Unidos contra instituições e autoridades brasileiras. O fato foi noticiado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A corporação informou que tentou contato pelo e-mail funcional do parlamentar, e por um endereço on-line pessoal. No entanto, não obteve resposta. Ele também foi procurado via aplicativo de mensagens no celular e no telefone do gabinete, em Brasília.

"Todavia, até a presente data, não houve qualquer retorno, manifestação ou resposta por parte do destinatário", diz o relatório.

Na tarde de quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro depôs à PF a respeito da conduta de Eduardo nos EUA. O ex-chefe do Planalto relatou ter feito um Pix de R$ 2 milhões para o filho se manter em território norte-americano.

"Ele pediu para mim, 'pai, estou com a minha esposa aqui, uma menina de 4 anos', que é minha neta, 'e um garoto de 1 ano', que é meu neto, 'pode me ajudar?' Ajudei, botei um dinheiro na conta dele, bastante até, e ele está levando a vida; dinheiro limpo, legal, Pix", comentou, após deixar a sede da Polícia Federal em Brasília.

Em março deste ano, Eduardo anunciou que iria se licenciar temporariamente do mandato parlamentar para morar nos EUA. Disse que o afastamento do país seria para "se dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos".

"Aqui poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e sua Gestapo da Polícia Federal merecem", ressaltou, na ocasião, numa menção ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento após ter afirmado ser o responsável financeiro de Eduardo enquanto ele permanece fora do país. Apesar de ser o investigado, o deputado ainda não foi intimado. O órgão solicitou apenas que ele seja convidado a prestar esclarecimentos no âmbito do inquérito, no entanto, não há previsão de quando poderá ocorrer.


Confira as informações no Correio Braziliense.

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