Música Universal cria canal para o funk enquanto se discute criminalização do gênero Plataforma de streaming é dedicada a lançamentos e divulgação de funkeiros do país

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 18/08/2017 16:38 Atualizado em: 18/08/2017 17:27

Diversos artistas do gênero estão sendo catalogados no serviço. Fotos: YouTube/Reprodução
Diversos artistas do gênero estão sendo catalogados no serviço. Fotos: YouTube/Reprodução

Enquanto o Senado brasileiro tramita uma proposta de criminalização do funk sob protesto da classe artística, a Universal Music lançou, através do selo Vevo, um canal dedicado ao gênero no YouTube. A página, intitulada Funk hits, já conta com 20 clipes de artistas interpretando sucessos do funk. Nomes como os dos MCs Uchoa, Ronaldinho, Bruninho K, Roba, Str Marti e Gu da P2 apresentam um novo panorama da música.

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O primeiro trabalho lançado pelo selo foi a música Vem jogando, do MC Uchoa com participação do DJ Marcelinho, e já conta com mais de 226 mil visualizações. Nesta sexta-feira (18), outro nome do funk nacional passa a integrar o casting: Jojo Toddynho, que apresenta exclusivamente a faixa Sentada diferente na plataforma. Em seu perfil no Instagram, a cantora comemorou o lançamento. "É Hojeeeeeee! Às 18h, no canal Funk hits", publicou.

Segundo a companhia responsável, o canal se dedicará às novidades referentes ao gênero musical que se estruturou no Rio de Janeiro nos anos 1990 com MCs e que hoje tem representatividade em todo o Brasil, através de parcerias, DJs especializados e grandes produções fonográficas. A gravadora promete ainda que o Funk hits contará com lançamentos exclusivos de artistas e músicas. Entre as já divulgadas estão Ela mente pra mãe, de MC Marti; Ela joga, de MC Ronaldinho; Eu sei que tu gosta, de MC Gu da P2; Iludida é sua mãe, de MC Wendell; e Mexendo o bumbum, de MC Jhess.

CRIMINALIZAÇÃO
Protocolada pelo empresário paulista Marcelo Alonso, a proposta de criminalização do funk argumenta que o gênero seria considerado crime de saúde pública. "Os chamados bailes de 'pancadões' são somente um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o menor adolescente", diz a proposta. A sugestão recebeu 22 mil assinaturas e precisa passar pelo Senado para se tornar um projeto de lei.  Em junho, o senador Romário Faria convocou representantes da classe artística para uma audiência pública sobre a Sugestão Legislativa. Anitta, Nego do Borel, Valesca Popozuda e Tati Quebra Barraco, além dos antropólogos Hermano Vianna (autor do livro O mundo funk carioca) e Mylene Mizhari (A estética do funk carioca), foram convidados para participar do debate.

Confira alguns dos vídeos:






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