Latino
Músico recifense pega carona no sucesso de Despacito e se lança como cantor de bachata
Gênero musical surgido na República Dominicana é uma mistura de bolero, tango e cha-cha-cha
Por: Fellipe Torres - Diario de Pernambuco
Publicado em: 23/07/2017 21:14 Atualizado em: 23/07/2017 21:24
Cantor aposta em bom momento da música latina. Foto: Acervo pessoal |
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Para dar um toque brasileiro, Roger investe na fusão do ritmo latino com o pagode, algo presente no recém-lançado single Sigue conmigo, versão do hit dos anos 1980 Fica comigo, da banda Placa Luminosa. A faixa está disponível em plataformas de streaming. “Conversei com músicos dos Estados Unidos, grandes bachateiros, e decidi refazer os arranjos das músicas já gravadas para deixar com uma pegada mais dominicana. Assim, vamos ter condições de entrar no mercado de igual para igual com outros cantores. Ao mesmo tempo, minha música será uma bachata brasileira, combinada ao pagode, parecido com o que faz o Só Pra Contrariar”, revela.
Segundo o cantor, o projeto de ampliar a visibilidade da bachata vem sendo desenvolvido desde 2010 e tem forte ligação com o arrocha, presente no repertório de muitos artistas. Além do disco com músicas do gênero latino, cujo lançamento está previsto para janeiro de 2018, ele trabalha em um CD cantando versões em espanhol de canções da banda Limão com Mel.
Entrevista - Roger Ricco // cantor
Você tem se empenhado em divulgar a sonoridade dominicana da bachata. Com a explosão do hit Despacito, de Luis Fonsi, fica mais fácil emplacar sucessos latinos?
Sim, com certeza. Essa onda do Despacito trouxe de novo todo aquele fogo que tivemos há uma década com a banda Capim Cubano. É uma grande visibilidade para a música latina. Beneficia não só o lado dele (de Luis Fonsi), mas todo mundo que está tentando fazer um trabalho com canções assim. É um grande momento para a música latina. O brasileiro, em particular, já está acostumado a essa levada do arrocha, de dançar juntinho. Está acostumado também ao merengue eletrônico, ao reggaeton. A própria Anitta está indo muito além do funk. Ao mesmo tempo, a bachata é uma tendência em toda a América Latina.
O momento de visibilidade mundial para a música latina é algo passageiro ou tem potencial para durar?
Não é apenas um boom. Demora mais uns dois ou três anos, até porque a latinidade hoje em dia não se resume a um merengue. Acredito que não vai ser só um momento, como foi na época de Macarena. A música latina se tornou mais pop, vai além daquela estética tropical.
Quais são seus planos para a carreira?
No dia 25 de julho viajo para os Estados Unidos para regravar algumas faixas e fazer a divulgação do single junto ao público latino do sul do país, em Nova York, na Califórnia. Vou me inscrever no Grammy Latino e, na volta para o Brasil, divulgar por aqui.
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