Luto Artistas repercutem morte de Belchior Amigos e admiradores postaram suas lembranças e agradecimentos nas redes sociais

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 30/04/2017 12:52 Atualizado em: 30/04/2017 17:03

Nos últimos anos de vida, Belchior ficou recluso e afastado dos palcos. Foto: Arquivo/EM
Nos últimos anos de vida, Belchior ficou recluso e afastado dos palcos. Foto: Arquivo/EM
Com a confirmação da morte do cantor Belchior, vários artistas começaram a prestar homenagens ao cearense, um dos ícones da Música Popular Brasileira na década de 1970. Belchior morreu, aos 70 anos, neste domingo (30) em Santa Cruz do Rio Grande do Sul. O corpo do artista deve seguir para o Ceará ainda hoje, e o sepultamento deve ocorrer na cidade de Sobral.

"Eu fico muito triste! Ele vinha passando há anos por um total exílio. O Bel foi sempre uma pessoa muito culta. Ele tem um espírito lindo", disse, há pouco o músico e produtor musical Robertinho do Recife. Relutando em acreditar na notícia da morte de Belchior, acrescentou que o compositor e cantor cearense devia ter sido muito mais respeitado. "Mandei tantos recados para ele", desabafou. "Acho que Bel ainda tinha muito a dizer, (ele) sabia dizer de um modo muito culto em suas canções", acrescentou Robertinho do Recife. E recitou dois versos da letra de A palo seco: "E eu quero é que esse canto torto/ Feito faca, corte a carne de vocês".

O compositor pernambucano China também se manifestou sobre a perda. "O que sempre me chamou a atenção nas músicas de Belchior é a força e a verdade das palavras, de como aqueles textos são contundentes e atemporais. Na minha cabeça, toda vez que ouço algo dele, tenho a imagem de alguém gritando e contando verdades em praça pública, pra todo mundo ouvir. Doa a quem doer", escreveu o músico.

Alceu Valença conheceu Belchior nos anos 1970, durante festival de música em que ele, Geraldo Azevedo e o pernambucano participavam. "Ele havia recentemente vindo do Ceará e sua música era Hora do almoço, um clássico. Belchior era um filósofo, possuía uma erudição impressionante. A última vez que nos vimos foi num 14 de julho em Paris. Brindamos juntos a Queda da Bastilha! Há poucos anos, eu estava em Porto Alegre quando soube pela imprensa local que ele havia aparecido na cidade. Mas já era a fase do mistério e não nos encontramos. Foi um dos grandes poetas da música brasileira", sublinhou Alceu.

Natural do Ceará, Belchior fez fama nos anos 1970 com álbuns como Alucinação (1976). Só neste disco, estão clássicos como Velha roupa colorida, Como nossos pais, A palo seco e Alucinação. O músico é da mesma geração de outros artistas nordestinos como Raimundo Fagner, também cearense. Nos últimos anos, no entanto, Belchior ficou recluso, se ausentando dos palcos há mais de sete anos.  

Confira algumas mensagens de artistas que manifestaram luto pela morte de Belchior:





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"Como é perversa a juventude do meu coração, que só entende o que é cruel, o que é paixão."

Uma publicação compartilhada por Johnny Hooker (@hookerjohnny) em Abr 30, 2017 às 8:15 PDT




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