Novela Globo convida artesãos pernambucanos para A Lei do Amor após quebrar réplicas Em cena polêmica, Tião chama as obras de lixo e as arremessa ao som de Qui nem jiló

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/03/2017 18:09 Atualizado em:

Cena foi ao ar no dia 30 de novembro e irritou artesãos e espectadores. Foto: Globo/Reprodução
Cena foi ao ar no dia 30 de novembro e irritou artesãos e espectadores. Foto: Globo/Reprodução
Após revoltar artesãos pernambucanos com uma cena na qual Tião, interpretado por José Mayer, destrói e xinga obras, a novela A lei do amor terá participação de quinze artesãos na reta final. Nesta terça-feira, os pernambucanos Luiz Benício, de Buíque, Nicola, de Jaboatão dos Guararapes, e Marcos de Sertânia, de Sertânia, irão para o Rio de Janeiro, onde gravarão tomadas para a trama, escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que termina no dia 1º de abril.

Artesãos de Alagoas, Minas Gerais, da Bahia, Paraíba, do Ceará, Piauí, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram convidados para as filmagens. As tomadas serão feitas na galeria de Helô (Cláudia Abreu), durante uma exposição sobre o rompimento da barragem de Marina, em Minas Gerais. O acidente na barragem da empresa Samarco, em novembro de 2016, foi o maior do gênero em todo o mundo nos últimos 100 anos. O grupo fará ainda visita guiada pelo Projac e pelo Centro Sebrae de Referencia do Artesanato Brasileiro, de acordo com a assessoria de imprensa da Globo.

A inclusão de Luiz Benício, Nicola e Marcos de Sertânia em A lei do amor ocorre quase quatro meses após a exibição do criticado momento de fúria de Tião após briga com a ex-mulher, Helô, que acaba como par romântico de Pedro (Reynaldo Gianecchini). "Olha essas obras de arte. Como é que alguém tem coragem de chamar uma coisa desses de obra de arte? Lixo!", grita o personagem, enquanto arremessa peças no chão e contra a parede, em cena exibida no dia 30 de novembro, ao som de Qui nem jiló, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. 

À época, os pernambucanos criticaram a emissora e identificaram obras de Lula Gonzaga, Mano de Baé, Mestre Heleno, Luiz Benício e Mestre Zuza, que classificou o ato como barbaridade. Diante da repercussão, a Globo explicou que se tratavam de réplicas das obras. "A galeria de Helô é formada por peças de artistas de todo Brasil, sendo alguns reconhecidos mundialmente e outros que nunca expuseram. É uma valorização da arte o destaque dado para este cenário em cenas da protagonista. Para a realização das cenas citadas, foram confeccionadas réplicas das obras", diz comunicado oficial da emissora. 

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