Cobertura Samba Recife 2016: primeira noite empolga com encontros de veteranos e novatos Programação deste domingo (25) tem A gente faz a festa com Thiaguinho, Péricles e Chrigor, Sorriso Maroto, Harmonia do Samba, Turma do Pagode

Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco

Publicado em: 25/09/2016 11:07 Atualizado em: 04/10/2016 11:05

Alexandre Pires, Belo e Luiz Carlos no palco do Samba Recife 2016. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação
Alexandre Pires, Belo e Luiz Carlos no palco do Samba Recife 2016. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação


A primeira noite do Samba Recife, neste sábado (24), na Área Externa do Centro de Convenções, empolgou a plateia com encontros de veteranos e novatos e ode ao samba. O show de Alexandre Pires, Belo e Luiz Carlos foi um espetáculo a parte. O trio que circula o Brasil com a turnê Gigantes do samba 2, voltou à capital pernambucana seis meses depois da estreia no Brasil - em março, no Classic Hall –, e mostrou sintonia. Na época, Belo chegou a ser afastado do projeto por ter faltado a alguns compromissos, mas foi reintegrado ao grupo antes do primeiro show, na Argentina.

No palco, Alexandre e Belo se divertiram fazendo coreografias das músicas em vários momentos. As canções selecionadas fazem um passeio pelos repertórios dos grupos Só Pra Contrariar, Raça Negra e Soweto. A nostalgia toma conta.

Os cantores inovaram intercalando com duetos e ainda trocando os papeis, quando um interpretava a canção do parceiro. Como em Depois do prazer na voz de Belo, Eternamente com Alexandre Pires e Essa tal liberdade por Luiz Carlos. O
 show começa com sucessos do Raça Negra, faixas como Ciúme de você, Que se chama amor, É tarde demais e Te quero comigo. Em seguida, as canções do grupo Só pra contrariar: Nunca mais te machucar, Você de volta e Quem dera. Belo também inclui as recentes Perfume, Reinventar e Pra ver o sol brilhar, e volta ao Soweto com Antes de dizer adeus, Farol das estrelas e Não foi atoa.

De acordo com o empresário dos artistas, o cantor Belo deve deixar a turnê em breve. Ele só cumprirá mais três datas que já estão agendadas antes de se despedir do
Gigantes do Samba 2. Alexandre e Luiz Carlos vão dar continuidade ao projeto até o inicio de 2017. A gravação de um DVD com essa formação foi descartada.


Arlindo Cruz e Xande de Pilares. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação
Arlindo Cruz e Xande de Pilares. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação

Outro momento de destaque na noite foi a dobradinha inédita de Arlindo Cruz e Xande de Pilares. Os cantores são parceiros no Esquenta (Globo), de Regina Casé, e criaram o show especial para as edições do Samba Recife e Brasília – realizado no sábado, 17 de setembro. Xande foi o primeiro a subir ao palco e mostrou repertório do disco de estreia da carreira, Perseverança (2014), e faixas como Clareou, Tá escrito, Elas estão no controle e Logo você e a recente Tem que provar que merece.

Arlindo precisou se locomover em cadeira de rodas. O filho do sambista explicou que ele fez uma cirurgia no joelho e ainda está em processo de recuperação. "Ele operou o joelho há três meses. Está fazendo fisioterapia, mas ainda não tá firme", contou Arlindo Neto ao Viver. 

Quando subiu ao palco, o próprio Arlindo esclareceu. "É o seguinte, meu banquinho se perdeu na viagem e não posso ficar em pé", disparou. O veterano, com mais de 700 musicas gravadas foi aplaudido e convidou o filho Arlindo Neto para dueto. Faixas como
O que é o amor?, Trilha do amor, Meu lugar e Será que é amor? fizeram parte do setlist. O cantor carioca Beleleu fez uma participação especial na música Separação.

O cantor Mumuzinho foi o responsável pela abertura da programação da 12ª edição do Samba Recife, pontualmente, às 18h. Em seguida, às 19h30, foi a vez de Leo Santana, ex-Parangolé, colocar todo mundo para dançar. O baiano apostou em repertório eclético que foi além das conhecidas
Abana, A culpa é sua, Deboche, Nossa cor e Leite condensado, ele apresentou a música de trabalho Santinha (abastece que ela desce) e a sequência funks Baile de favela, Bumbum granada e Malandramente. O setlist também teve espaço para sertanejo como Nosso santo bateu, de Matheus e Kauan. Ainda passaram por lá o grupo Imaginasamba e Ferrugem. O cantor Ferrugem foi quem encerrou a programação da noite. Ele segurou o público madrugada à dentro e repertório de hits como Paciência, Namorado, Climatizar e Ensaboado. 

A novidade deste ano é o palco 360 graus, que permite que os artistas circulem por todas as áreas, dando maior visibilidade ao público. A programação continua, neste domingo (25), com 
Tá na mente, Sorriso Maroto, Turma do Pagode, A gente faz a festa (Thiaguinho, Péricles e Chrigor), Chininha, Príncipe e Dilsinho e Harmonia do Samba. Informações: 3441-9660.


Corredor que dá acesso ao palco 360 graus permite interação entre artistas e fãs. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação
Corredor que dá acesso ao palco 360 graus permite interação entre artistas e fãs. Foto: Luiz Fabiano/Divulgação
 



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