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Cinema Tubarão aterroriza praia paradisíaca no filme Águas Rasas Pavor presente no subconsciente coletivo é explorado em cenas agoniantes filmadas em um belo cenário natural, com poucos personagens

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 25/08/2016 08:51 Atualizado em: 24/08/2016 20:28

Surfista interpretada por Blake Lively é atacada em uma praia deserta (Sony/ Divulgação)
Surfista interpretada por Blake Lively é atacada em uma praia deserta
 
Águas rasas consegue atingir a essência do cinema de terror ao combinar três elementos básicos sem apelar para exageros. A tensão é construída a partir de um tubarão branco, uma surfista e uma praia deserta. O filme não chega a ser um exercício de minimalismo, mas é um bom exemplo de como o medo pode ser provocado de forma relativamente simples.

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O pavor pelos tubarões é algo presente no subconsciente coletivo. Novos filmes baseados nessa premissa sempre voltarão a ser produzidos. O diferencial de Águas rasas está na economia de recursos e também no visual da bela paisagem natural de uma praia isolada no litoral do México. Os outros personagens que surgem são bem pontuais, com participações rápidas. Além do peixe assassino, um pássaro é quem mais contracena com a protagonista, interpretada por Blake Lively (do seriado Gossip girl). Os outros humanos servem para contextualizar ou costurar as etapas narrativas em aparições rápidas, alguns presentes apenas na tela de um telefone celular.

Há momentos de sustos e também cenas de agonia torturante, como na hora em que ela precisa costurar a perna ensanguentada depois de ser mordida pelo tubarão. A mulher fica presa no meio da água durante horas, em cima de uma pequena ilha de corais, e não tem como nadar de volta para a praia sem ser atacada.

Os efeitos especiais são convincentes na maior parte do tempo (o surgimento de um cardume de águas-vivas é um dos poucos momentos artificiais). O tubarão é apresentado como um monstro violento e predatório na medida certa para um filme de ficção que não deve ser levado tão a sério. Ele surge já na primeira cena, um prólogo que antecipa o que virá pela frente sem estragar as surpresas do desfecho.



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