Luto Maracatus homenageiam Naná Vasconcelos em cortejo Corpo do percussionista pernambucano será sepultado na quinta-feira, às 10h, no Cemitério de Santo Amaro

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 09/03/2016 16:22 Atualizado em: 09/03/2016 16:53

Naná comandou abertura do carnaval do Recife 2016 com 11 nações de maracatu e caboclinho. Foto: Roberto Ramos/DP
Naná comandou abertura do carnaval do Recife 2016 com 11 nações de maracatu e caboclinho. Foto: Roberto Ramos/DP

O corpo de Naná Vasconcelos será velado durante toda a tarde desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Boa Vista. Na quinta-feira, às 9h, haverá uma missa de corpo presente no local. Em seguida, às 9h30, está marcada a saída do cortejo que será acompanhado pelo Corpo de Bombeiros e por nações de maracatus. O sepultamento está previsto para as 10h, na quinta-feira (10), no Cemitério de Santo Amaro.

Música de luto: morre o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos

Naná Vasconcelos faleceu na manhã desta quarta-feira (9), aos 71 anos, por complicações de um câncer de pulmão. O músico tratava a doença desde 2015, quando chegou a se submeter a sessões de quimioterapia. Ele estava internado desde a semana passada, quando teria passado mal após show em Salvador (BA).

Trajetória
Aos 12 anos Naná já tocava profissionalmente em bares e clubes noturnos (onde lhe exigiam até autorização judicial), ao lado do pai, aprendeu a tocar sozinho, usando os penicos e as panelas de casa, ainda na infância. Não frequentou aulas de música, não ingressou na faculdade. Em entrevista concedida ao Viver, ele afirmou: "Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra."

Detentor de oito Grammys, o percussionista costumava quebrar protocolos e substituía, sempre que permitido nas cerimônias, os discursos por apresentações musicais.

Em dezembro de 2015, Naná recebeu título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Autodidata, nunca frequentou escola de música, nem se graduou, mas logo se firmou como um dos mais respeitados instrumentistas do país, tendo colaborado com nomes como Egberto Gismonti, Pat Metheny, além de ter produzido o primeiro álbum do Cordel do Fogo Encantado.

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