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Show Antes de show do Fundo de Quintal no Recife, veja guia do samba de raiz na cidade Gênero musical tem na capital pernambucana o terceiro polo do país, atrás do Rio e de São Paulo, segundo os sambistas. Confira roteiro do samba de raiz

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 05/03/2015 11:00 Atualizado em: 05/03/2015 11:21


Fundo de Quintal volta à cidade pela segunda vez em duas semanas, para show no Clube Português, quando divulga inéditas como Tudo de bom. Crédito: Marcos Hermes/Divulgação
Fundo de Quintal volta à cidade pela segunda vez em duas semanas, para show no Clube Português, quando divulga inéditas como Tudo de bom. Crédito: Marcos Hermes/Divulgação

"O samba, como diz o compositor Nelson Sargento, agoniza mas não morre. Tem alguns momentos em que parece esquecido, mas logo volta com tudo”, observa Ubirany, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal - com 35 anos de carreira, que deu contribuições para o movimento. Os sambistas voltam ao Recife, após intervalo de duas semanas, para a noite dos Reis do Samba, neste sábado (07), no Clube Português do Recife (Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 172, Graças), ao lado de Jorge Aragão e Arlindo Cruz. O grupo carioca esteve na programação do Carnaval do Recife do Marco Zero.

“Vivemos um momento de respeitabilidade. Um dos segredos da longevidade do Fundo de Quintal é sempre nos mantermos fiéis à nossa ideologia musical. Não abrimos mão de fazer, cantar, tocar e dançar o autêntico samba”, garante. “Temos um público cativo em Pernambuco. Além do Rio de Janeiro e São Paulo, a maior presença, frequência e aceitação é no Recife”, acredita Ubirany.

Por aqui, o movimento ganhou força e é apontado como o terceiro polo nacional do ritmo. Nos últimos anos, a capital pernambucana apresentou maior consumo da música, aumento de números de shows, circulação de artistas com destaque no cenário nacional, e a conquista da lei municipal que instituiu o Dia do Samba celebrado com  evento no dia 2 de dezembro. Outro destaque é a representatividade de compositoras e intérpretes femininas, como Karynna Spinelli, Gerlane Lops, Luiza Pérola, Gerlane Gel, Adriana B, Gracinha do Samba e Maria Pagodinho. “Vejo um grande progresso no samba de Pernambuco e as mulheres tomando conta”, observa o compositor Belo Xis, 68 anos.

A chamada “era de ouro” do samba foi observada no final dos anos 1980. Logo após, o boom do pagode como gênero musical, em 1990, trouxe uma divisão no gênero. “Samba é aquele mais tradicional, enquanto o pagode seria a música romanceada. Não vejo nenhum demérito. Todo mundo canta e divulga o samba do seu jeito”, aponta Ubirany. Os novos nomes surgem no mercado, como Mumuzinho, Xande de Pilares, Péricles, e contribuem para levantar a bandeira.

O grupo formado por Ubirany (repique e caixinha), Bira Presidente (pandeiro), Sereno (tantan), Ademir Batera (bateria), Ronaldinho (cavaquinho e banjo), e Mário Sérgio (cavaquinho) promete apresentar canções do primeiro disco e inéditas. O grupo divulga o disco Só felicidade, lançado em novembro de 2014.



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