Feminicídio

Homem que ateou fogo na ex-companheira é condenado a 22 anos e dois meses de prisão

Edvaldo de Moura Oliveira foi julgado nesta quarta-feira (13) pelo crime que cometeu em 2017

Publicado em: 13/03/2024 17:40 | Atualizado em: 13/03/2024 18:24

O acusado cumprirá a pena, a princípio, em regime fechado na Penitenciária de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife 
 (Foto: Divulgação/Seres)
O acusado cumprirá a pena, a princípio, em regime fechado na Penitenciária de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (Foto: Divulgação/Seres)

A Justiça condenou a 22 anos e dois meses de prisão o homem que confessou ter agredido e ateado fogo na ex-esposa, Mirelly dos Santos Oliveira, em 2017. Edvaldo de Moura Oliveira foi submetido a júri popular no Fórum Serventuário Antônio Camarotti em Abreu e Lima nesta quarta-feira (13).

Edvaldo de Moura foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime foi classificado como feminicídio. Ele cumprirá a pena, a princípio, em regime fechado na Penitenciária de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. 

A sessão foi presidida pelo juiz Felipe Arthur Monteiro Leal e a mãe da vítima, Mirani dos Santos, foi a única testemunha presente. O julgamento começou sem a presença do acusado a pedido da mãe da vítima, que afirmou não ter condições de ficar de frente com ele.

Mirani dos Santos afirmou que Edvaldo já estava planejando matar Mirelly dos Santos pois ele chegou no local do crime já com a gasolina que foi utilizada para queimar a ex-companheira.

De acordo com a mãe de Mirelly, sua filha possuía uma relação conturbada com o ex-companheiro.

Após a mãe da vítima ser ouvida, Edvaldo de Moura foi submetido a um interrogatório e o julgamento iniciou a fase dos debates entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a defesa do acusado. Em seguida, os jurados decidiram pela acusação de Edvaldo de Moura Oliveira, acatando na íntegra a tese do Ministério Público.

Edvaldo ainda pode recorrer à decisão da Justiça.

Relembre o caso

Edvaldo de Moura  foi até a casa da ex-companheira Mirelly dos Santos no dia 9 de novembro de 2017 alegando que iria visitar o filho. No entanto, chegando na residência, o homem agrediu a vítima com uma barra de ferro, a molhou com gasolina e ateou fogo, segundo investigações da polícia.

Mirelly tentou apagar o fogo com uma caixa d’ água, mas seu ex-companheiro jogou mais gasolina nela, fazendo com que o fogo se espalhasse ainda mais.

A vítima ficou com queimaduras no rosto, tórax e pernas e morreu após passar 15 dias internada.

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