Madri

Na COP 25, Pernambuco denuncia crime ambiental provocado pelo derramamento de petróleo no litoral

Publicado em: 12/12/2019 20:15 | Atualizado em: 12/12/2019 20:23

 (Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP)
Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP

No último dia da participação do governo de Pernambuco na Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças do clima (COP25), o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do e stado, José Bertotti, comentou, nesta quinta (12), sobre os desafios enfrentados pela gestão no enfrentamento ao maior crime ambiental já ocorrido na costa brasileira: o derramamento de petróleo. Em Pernambuco, as manchas de óleo chegaram a atingir 48 praias e oito rios, em 13 municípios. Mais de 1,6 mil toneladas de resíduos foram retiradas do litoral e em caminhada para um centro de tratamento.

O secretário, que representa o governador Paulo Câmara no evento, abordou o assunto durante o painel CBMC: lições aprendidas e os próximos passos. "Denunciamos o fato de o governo federal ter demorado a agir no caso do derramamento de petróleo. Em Pernambuco, foi o governo do estado que agiu de maneira decisiva para fazer a contenção e a retirada do material que chegou ao nosso litoral, com o apoio e a mobilização da sociedade civil", disse.

Bertotti ainda expôs a preocupação do estado com os pescadores, uma vez que a medida provisória editada pelo governo federal não contempla todos os afetados pelo desastre. “Temos clareza que a tardia medida provisória feita pelo governo federal não atende aos 11 mil pescadores de Pernambuco. O documento demorou 90 dias para ser publicado e só contempla cerca de 4,5 mil dos mais de 11 mil profissionais atingidos. Fizemos essa denúncia na COP-25 porque a crise do petróleo continua no sentido de que há uma crise social afetando quem vive da pesca artesanal", destacou.


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