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Prefeitura de Jaboatão revoga lei que cedia terreno para escola profissionalizante do Senac

Publicado em: 12/04/2019 15:34 | Atualizado em: 12/04/2019 16:54

Fotos: Divulgação / Senac e Prefeitura de Jaboatão
O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, decidiu, nesta sexta-feira, revogar a lei 820/12, que cedia ao Senac o terreno para a instalação de um centro de educação profissional. O projeto significava um investimento de R$ 15 milhões na cidade e atenderia a mais de 2 mil alunos. Agora, a prefeitura ocupa a área de 8 mil m², localizada na Travessa Coronel Basgal, ao lado do Shopping Guararapes, com trator, caminhão e equipes de capinação.
 
A lei havia sido assinada ainda em 2012 pelo então prefeito de Jaboatão, Elias Gomes. O acordo, firmado com o Sistema Fecomércio|Sesc|Senac, seria instalar a primeira escola profissionalizante da instituição no município. e cedia, sem ônus, o terreno ao Senac por 30 anos, podendo ser renovado por igual período.
 
Porém, na manhã desta sexta, o atual prefeito assinou a lei 1.384, que revoga a decisão, alegando subutilização do espaço. "Ao receber o equipamento, o Senac, além de não ter feito uso, deixou de realizar a devida manutenção, e, hoje, o prédio encontra-se completamente deteriorado" disse a Prefeitura de Jaboatão por meio de nota. "Diante dessa situação, a atual gestão revogou a lei de cessão e decidiu pela reapropriação da área para que seja utilizada em favor do município."
 
O Sistema Fecomércio, por outro lado, afirma que durante estes anos investiu cerca de R$ 1 milhão em limpeza, vigilância, elaboração de projetos e pagamentos de taxas municipais. Além de realizar todos os processos legais necessários à construção.
 
“O Sistema Fecomércio tem uma longa história de investimento em Jaboatão dos Guararapes. O Sesc Piedade, em atuação há quase 50 anos, é uma referência na cidade. Assumimos também a gestão do Cineteatro Samuel Campelo. E pretendíamos instalar esta escola do Senac. Entendemos a importância de Jaboatão para o desenvolvimento de Pernambuco. Mas a Prefeitura parece que não vem percebendo a relevância destes investimentos para a população”, disse o presidente do sistema, Bernardo Peixoto.
 
De acordo com o Senac, a escola ficaria pronta em 15 meses e atenderia a mais de 2 mil alunos por mês. Seriam 3.400 m² de área construída, que abrigariam 12 salas de aula, 12 laboratórios com equipamentos de ponta para a realização de cursos profissionalizantes, biblioteca, sala de convivência, áreas administrativas, cozinha completa para cursos de Gastronomia, além de sala e bar. A ideia também era oferecer aulas para todos os níveis educacionais, da capacitação inicial até o ensino superior. Com o investimento de R$ 15 milhões, ainda segundo o Sistema, seriam gerados 600 empregos diretos e indiretos na obra. 
 
Confira a nota da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes na íntegra: 
 
A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes informa que, no imóvel de 8 mil m², cedido ao Senac em 2012, funcionava uma escola da rede municipal (Visconde de Suassuna), com capacidade para 600 alunos, em perfeito estado de conservação. Porém, ao receber o equipamento, o Senac, além de não ter feito uso, deixou de realizar a devida manutenção, e, hoje, o prédio encontra-se completamente deteriorado - não há mais cobertura na quadra de esportes, faltam portas nas salas e há danos latentes na estrutura. Diante dessa situação, a atual gestão revogou a lei de cessão e decidiu pela reapropriação da área para que seja utilizada em favor do município. De imediato, a prefeitura encaminhou equipes ao local para realizar a manutenção no terreno e no próprio imóvel. 
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