Segurança

Estudantes e funcionários da Faculdade de Odontologia da UPE protestam contra assaltos

Publicado em: 11/04/2019 10:41 | Atualizado em: 11/04/2019 16:41

Mobilização pede policiamento nas proximidades do Campus.
Foto: Mariana Fabrício / DP (Mobilização pede policiamento nas proximidades do Campus.
Foto: Mariana Fabrício / DP)
Mobilização pede policiamento nas proximidades do Campus. Foto: Mariana Fabrício / DP (Mobilização pede policiamento nas proximidades do Campus. Foto: Mariana Fabrício / DP)
Estudantes, professores e funcionários da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP), vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE), realizam um protesto na manhã desta quinta-feira (11), cobrando medidas mais efetivas de segurança no Campus, que fica localizado em Camaragibe, no Grande Recife. Mais de cem pessoas seguiram em passeata da reitoria da UPE, na Avenida Agamenon Magalhães, com sentido à Secretaria de Segurança Social (SDS), no bairro de Santo Amaro.

Uma parte da Rua São Geraldo, no bairro de Santo Amaro, fio interditada para evitar o acesso dos estudantes à sede da Secretaria. Os motoristas que acessam a via pela Avenida Mário Melo, precisam entrar na rua Rocha Pita para desviar do bloqueio. No local estão reunidos muitos policiais, inclusive do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Um grupo formado por seis alunos e um professor foi recebido pelo major Adalberto Barbosa, subcomandante do 20° Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento naquela região onde fica localizada a Faculdade, em Camaragibe. A comissão levou um ofício com reivindicações pedindo mais segurança e a instalação de um posto policial.

Em resposta ao protesto, o subcomandante do 20º Batalhão da Polícia Militar, major Adalberto Barbosa, afirmou que a área da FOP recebeu policiamento especial. "Estamos aguardando para conversar e ver novas indicações para saber do que se trata a pauta e o precisa para conjuntamente tomarmos uma decisão. Vamos manter rondas por mais tempo na área da faculdade", disse.

Greve

Ato em frente à Secretaria de Defesa Social pede mais segurança na Universidade. 
Foto: Mariana Fabrício/DP. (Ato em frente à Secretaria de Defesa Social pede mais segurança na Universidade. 
Foto: Mariana Fabrício/DP.)
Ato em frente à Secretaria de Defesa Social pede mais segurança na Universidade. Foto: Mariana Fabrício/DP. (Ato em frente à Secretaria de Defesa Social pede mais segurança na Universidade. Foto: Mariana Fabrício/DP.)
Por causa da violência, a FOP decretou greve desde a última terça-feira (9). De acordo com o relato dos estudantes, já foram registrados mais de 15 assaltos, dois homicídios nas proximidades do Campus e já ocorreram perseguições e troca de tiros dentro na Universidade.

Flávia Aguiar, 21, estudante do oitavo período integral, larga às 16h devido à questão da insegurança o que a preocupa pois limita os horários para a prática de projetos de pesquisa. Ela conta que no ano passado tentaram arrombar a mala do seu carro. "Chegaram a quebrar a fechadura da mala, não conseguiram levar nada", explica.

Rebeca Silveira, 22, do mesmo período, lamenta a situação pois acredita que a faculdade é um lugar para desenvolver muito mais do que o aprendizado nas aulas e a insegurança limita o tempo de permanência dos estudantes e, inclusive, dos atendimentos odontológicos prestados gratuitamente. "Poderíamos fazer as coisas com mais calma, inclusive atendimento nas consultas, mas nos limitamos por causa da insegurança", informa.

Na última segunda (8), houve um assalto à mão armada dentro da FOP. Em dezembro do ano passado, aconteceu uma perseguição dentro do Campus, quando um carro foi roubado, além de troca de tiros em frente à escola estadual Santa Apolónia.  Os crimes são recorrentes desde 2017. Por isso, o grupo solicita que o policiamento seja reforçado com rondas diárias.
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