Recife realiza mutirão de exames para investigação de casos de hanseníase

Publicado em: 15/02/2019 17:36 | Atualizado em: 15/02/2019 19:35

Fotos: Ikamahã Lopes/Sesau PCR.

Na próxima semana, entre segunda (18) e sexta-feira (22), a Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife começará a identificar e investigar as pessoas que tiveram contato com quem teve hanseníase nos últimos cinco anos. O trabalho faz parte da segunda fase de um projeto para reduzir casos da doença em alguns municípios brasileiros, entre eles a capital pernambucana. Nesta etapa, que durará até junho, o público-alvo é formado por cerca de cinco mil pessoas.

Algumas unidades de saúde, escolhidas pela concentração de casos, foram previamente selecionadas para implementar o exame de forma contínua e sistemática. Dentro da rotina, os profissionais terão de fazer busca ativa de familiares e pessoas próximas de quem teve a doença para agendar o exame dermatoneurológico. A avaliação terá de ser feita uma vez por ano, por cinco anos consecutivos. Unidades que não estão dentro do cronograma desta semana realizarão as atividades até junho.

A primeira fase do projeto “Abordagens inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre de hanseníase”, do Ministério da Saúde e Organização Pan- Americana de Saúde (OPAS-OMS), aconteceu em abril de 2018, com treinamento teórico e prático para profissionais da rede municipal, campanha de educação em saúde e busca ativa de casos nos territórios.

Hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa.  Todas as unidades de saúde da família do Recife realizam tratamento da doença.

Para atender as doenças consideradas negligenciadas transmissíveis (hanseníase, filariose, tuberculose e geo-helmitíase), a Prefeitura do Recife criou, em 2013, o programa Sanar Recife, que atua em parceria com as Coordenações das Políticas Municipais, desenvolvendo ações como assessoramento de unidades de saúde; acompanhamento e investigação dos casos; fortalecimento da assistência laboratorial, fortalecimento da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde.
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