exposição

No Recife, o samba encontra o frevo

Publicado em: 22/02/2019 14:09 | Atualizado em: 22/02/2019 14:19

Foto: Divulgação / Arquivo Público

A exposição a ser lançada hoje no Arquivo Público de Pernambuco, em Santo Antônio, aborda a relação do frevo e do samba nas ruas do Recife. A relação alimentou debates, envolvendo jornalistas e intelectuais, ao longo do século 20, como demonstra o material selecionado pelo acervo do arquivo. São fotografias, reproduções de recortes jornalísticos e documentos originais, que poderão ser vistos até 30 de março, de segunda a sexta- -feira, das 8h às 17h. O lançamento, às 16h30, começa com uma visita guiada.

Com a exposição, o arquivo retoma o projeto Carnaval na memória. Relatos indicam a presença do samba na folia pernambucana a partir dos anos 1930, época em que as escolas de samba foram encaradas como estrangeiras, intrusas, caricatura das cariocas e ameaças ao frevo.Nesse período existia a Escola de Samba Limonil, da Vila São Miguel, em Afogados. A agremiação, de 1928, terá espaço na programação do arquivo. Sua bateria e destaques se apresentam após a visita guiada, a palestra Frevo e samba no carnaval do Recife: encontros e a apresentação de uma orquestra e de destaques do frevo.

“As pessoas que fizeram o samba no Recife têm tanto direito de ser consideradas símbolos quanto as que fizeram o frevo”, afirma o diretor do arquivo, Evaldo Costa. Para discutir o samba e o frevo na cidade, completou ele, foram convidados o antropólogo Hugo Menezes Neto, autor da tese Tem samba na terra do frevo: as escolas de samba no carnaval do Recife, do especialista em cultura pernambucana Luiz Henrique Santos e do compositor Marcelo Varella.

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