Polícia
Artesão de Passira foi assassinado pelo sobrinho
Marcílio Santana, de 22 anos, teria matado o tio por motivações financeiras
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 13/02/2019 12:30 | Atualizado em: 13/02/2019 14:12
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, que apresentou os detalhes do caso nesta quarta-feira (13), Marcílio é de Natal (RN) e passou a morar na casa do tio em dezembro do ano passado. Josivan o abrigou em Passira, mas pediu que saísse da casa em janeiro deste ano, depois de descobrir que o sobrinho estava envolvido com tráfico de drogas no Agreste do estado. Testemunhas contaram à polícia que Marcílio comprava entorpecentes em Caruaru e distribuía em Passira e cidades vizinhas.
No dia 6 deste mês, Marcílio teria voltado à casa do tio. A polícia atribui a ele a autoria do crime. Josivan foi morto por asfixia. "O suspeito usou um travesseiro para sufocar o tio. Ele, que é habilidoso em fazer nós, amarrou Josivan com os braços para trás. Além disso, tirou a roupa da vítima para dar uma conotação sexual ao crime", afirmou o delegado titular de Passira, Paulo Roberto Amorim.
Além de responder por latrocínio, Marcílio vai responder por tráfico de drogas. Quando o mandado de prisão preventiva pelo roubo seguido de morte estava sendo cumprido, em um imóvel de Passira, onde o suspeito estava, os investigadores encontraram 12 porções de cocaína e papéis de seda – geralmente usados para embrulhar drogas. “Ele confessou ser dono da droga, mas afirmou ser usuário. Disso que não ia comercializá-la. Sobre a morte do tio, o suspeito também nega”, disse o delegado.
Provas contundentes, porém, confirmam a participação de Marcílio no crime, de acordo com o investigador. “Uma sandália de cor marrom do suspeito e um relógio também dele foram encontrados na casa onde o crime aconteceu. Além disso, a camisa usada para amarrar a vítima pertencia ao suspeito”, pontuou Paulo Roberto. Segundo o delegado, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte foi acionada para ajudar a investigar outros dois homicídios que também teriam sido praticados por Marcílio. “Ele contou a uma parente que havia matado duas pessoas em Natal. Esse, inclusive, seria o motivo da mudança para Passira”, esclareceu o delegado.
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