Assistência

Refugiados venezuelanos começam a estudar português no Recife

Cerca de 30 crianças venezuelanas foram matriculadas na rede municipal de ensino do Recife

Publicado em: 25/01/2019 11:39 | Atualizado em: 25/01/2019 11:52

Venezuelanos estão aprendendo o idioma na Unicap. Foto: Cáritas Brasileira/Divulgação.
Um grupo de aproximadamente 70 refugiados venezuelanos no Recife começou a aprender português em aulas ministradas na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Já as crianças devem começar a estudar no próximo mês. Cerca de 30 meninos e meninas da Venezuela foram matriculados na rede municipal de ensino do Recife.

Os adultos também foram encaminhados a entrevistas de emprego e cerca de 30 foram inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Este foi o balanço do atendimento individualizado da Prefeitura do Recife aos imigrantes iniciado na semana passada e encerrado nesta semana, na Casa de Direitos, espaço instalado na Unicap com o objetivo de dar suporte aos imigrantes e refugiados de todas as nacionalidades.

Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente e outras secretarias orientaram e prestaram assistência às mais de 30 famílias venezuelanas.

Aproximadamente 100 imigrantes que fugiram da crise na Venezuela estão morando em 12 apartamentos e casas nos bairros de Santo Amaro, Boa Vista, Coelhos, Encruzilhada e Torreão. A ONG Cáritas Brasileira/CNBB (Regional Nordeste 2) é responsável pela estadia, alimentação, apoio jurídico, psicossocial e outras necessidades das famílias que chegaram ao Recife no dia 17 de dezembro através do Projeto Pana, que obteve financiamento do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Cabe à gestão municipal realizar o encaminhamento para inclusão em programas sociais através da equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Campina do Barreto, garantia de acesso aos serviços de saúde, viabilização de matrícula escolar na rede de ensino municipal, inserção em cursos e no mercado de trabalho, entre outros. A gestão municipal participou de todo o processo de discussão e planejamento do atendimento aos imigrantes que chegaram à capital pernambucana em situação de vulnerabilidade social.

A Secretaria de Educação do Recife providenciou a matrícula de 29 estudantes de 6 a 16 anos nas escolas, creches e creches-escolas municipais localizadas na área central do Recife, na Encruzilhada e em Campo Grande. Dezesseis crianças foram matriculadas nas turmas de educação infantil, sendo cinco dessas em berçário; enquanto outras 13 crianças e adolescentes estudarão em turmas de ensino fundamental.

Profissionais da Agência de Emprego do Recife atenderam 59 venezuelanos e já encaminharam 16 para entrevistas de emprego, além de ter feito orientação profissional. Foram ministradas palestras sobre comportamento pessoal e profissional durante uma entrevista de emprego, além de dicas básicas sobre como produzir um bom currículo profissional.

Existe ainda a preocupação em prestar assistência aos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e/ou transexuais venezuelanos. A equipe do Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife foi até a Casa de Direitos, na Universidade Católica, onde orientou e fez atendimento especializado a sete imigrantes LGBTs, que serão acompanhados pela equipe multidisciplinar do Centro LGBT.

Equipes do Programa Saúde na Família dos distritos sanitários 1 e 2 fizeram visitas aos imigrantes e cadastrando-os no Sistema Único de Saúde (SUS), para que eles tenham o cartão do SUS e acessem mais facilmente a rede pública de saúde. Representantes das mais de 30 famílias estrangeiras receberam informações gerais da rede municipal e do Programa Academia da Cidade (PAC). As equipes de Vigilância Ambiental fizeram a desratização das casas e avaliaram a qualidade da água nas residências.



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