Saúde

Pacientes com anemia falciforme denunciam falta de medicamentos no Hemope

Em casos mais graves, a doença pode ocasionar hemorragia, insuficiência renal e até mesmo infarto

Publicado em: 16/01/2019 09:39 | Atualizado em: 16/01/2019 10:29

No ano passado, a Associação realizou quatro protestos. Foto: Tatiana Ferreira/Esp.DP.
A Associação dos Pacientes de Anemias Hereditárias (APPAH) realiza, na manhã desta quinta-feira (17), um protesto em frente à Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. O objetivo é denunciar a falta de medicação na farmácia.

De acordo com a autônoma e vice-presidente da APPAH, Neide Meirelles, 47, um dos casos mais graves é a falta do remédio Hydrea. Segundo ela, que tem duas filhas com anemia falciforme, a medicação é cara e muitas famílias não têm condições de comprar. "A minha filha mais velha toma dois vidros desse por mês. A caçula toma um vidro", afirmou. Nas famácias, o remédio custa cerca de R$ 200.

Procurado pelo Diario, o Hemope informou que vai consultar a farmácia para se posicionar sobre a denúncia. 

Hereditária e genética, a anemia falciforme é uma doença que comumente provoca fadiga, palidez e fraqueza. Em casos mais graves, pode ocasionar hemorragia, insuficiência renal e até mesmo infarto. Mais frequente em pessoas negras, a doença é bastante comum no Brasil, por causa da forte miscigenação. Estima-se que três em cada cem pessoas sejam portadoras de traço da anemia falciforme. O que não indica, porém, que elas irão desenvolver a doença.
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