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Motorista de ônibus é preso por espancar e estuprar enteada de 13 anos

O homem foi preso após a avó da criança denunciar o crime à Polícia Militar

Publicado em: 09/01/2019 13:19 | Atualizado em: 09/01/2019 13:39

Na foto, o delegado Ivaldo Pereira, diretor Integrado Metropolitano, e o delegado Ricardo Silveira, titular da Delegacia de Paulista.
Foto: Divulgação/Polícia Civil. (Na foto, o delegado Ivaldo Pereira, diretor Integrado Metropolitano, e o delegado Ricardo Silveira, titular da Delegacia de Paulista.
Foto: Divulgação/Polícia Civil.)
Na foto, o delegado Ivaldo Pereira, diretor Integrado Metropolitano, e o delegado Ricardo Silveira, titular da Delegacia de Paulista. Foto: Divulgação/Polícia Civil. (Na foto, o delegado Ivaldo Pereira, diretor Integrado Metropolitano, e o delegado Ricardo Silveira, titular da Delegacia de Paulista. Foto: Divulgação/Polícia Civil.)

Um motorista de ônibus de 40 anos foi preso ontem pela Polícia Civil acusado de espancar e abusar sexualmente da enteada de 13 anos. A violência doméstica e o estupro ocorriam há três anos. A identidade do suspeito não foi revelada pela polícia para preservar a criança. Ele foi preso ontem (8) no Terminal Integrado de Abreu e Lima.

A avó da criança ligou para a Polícia Militar no último dia 12 de dezembro relatando que o padrasto havia agredido tanto a enteada, uma menina de 13 anos, como os outros dois filhos, uma adolescente de 15 anos e um menino de 13 anos. Naquela ocasião, ele chegou a ser preso em flagrante por estupro de vulnerável e lesão corporal grave. 

Chegando na delegacia, a criança apresentava sinais de espancamento e relatou que havia apanhado por ter conversado com um menino no WhatsApp e que o padastro era muito ciumento. Durante o depoimento acompanhado de um psicólogo, ela revelou que desde os 10 anos vinha sendo abusada pelo padastro.

No entanto, o suspeito foi liberado na audiência de custódia ocorrida no mês passado. Com o avanço das investigações, a Polícia Civil realizou a ouvida dos dois filhos dele, que confirmaram as agressões e relataram que presenciaram atos libidinosos sofridos pela criança. 

A mãe da menina, de 51 anos, que não teve o nome divulgado para preservar a vítima, está sendo considerada cúmplice e pode ser indiciada pela polícia como partícipe de estupro de vulnerável. A mulher foi interrogada, é considerada conivente com o crime e poderá ser indiciada até a conclusão de inquérito, em um prazo de até 10 dias. 

"Em depoimento, a mãe alegou que desconhecia tanto a questão do abuso sexual como o excesso de agressões. Ela disse que ele tratava bem a enteada e os filhos. A polícia não acredita nessa versão porque tudo o que foi produzido nos autos, todas as declarações são concisas e detalhadas ao afirmar que as ações eram feitas na frente de todos dentro da casa. Ela tinha o dever legal e nada fez", afirmou o delegado Ricardo Silveira, titular da delegacia de Paulista e responsável pelo caso.

O casal não tem filhos em comum. Dividem a mesma residência localizada no bairro de Maranguape I, no município de Paulista, os dois filhos do homem, a mulher e a filha dela de 13 anos. A garota ainda afirmou a polícia que o padastro a ameaçava de morte durante esses três anos de abuso. Ele chegou a bater nas crianças com fios e fivelas de cinto. 

De acordo com a polícia, não há indícios de que os outros dois adolescentes também eram abusados pelo pai. "Haviam relatos de que as vítimas temiam pela própria vida. Procuramos produzir novas provas juntando as entrevistas dos menores que foram feitas com a equipe multiprofissional da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e com esses relatos solicitamos a prisão preventiva do acusado", afirmou Silveira.

O motorista foi detido ontem por estupro de vulnerável e lesão corporal com a qualificadora de violência familiar. Ele nega as acusações de estupro, afirmando que aplicava "métodos corretivos" ao explicar os espancamentos.

As vítimas estão sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar do município de Paulista.
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