Crime

Ex-mulher de advogado assassinado em Caruaru cumpre pena em regime domiciliar

Desde domingo, Isadora de Almeida está em casa. Ela não pode se ausentar da residência sem autorização judicial

Publicado em: 30/11/2018 13:55 | Atualizado em: 30/11/2018 13:59

O crime foi filmado pelo circuito interno de segurança da rua do loteamento em Caruaru. Imagem: Arquivo/DP

Um mês após ser presa pela Polícia Civil de Pernambuco e acusada de ser a mandante do assassinato do advogado André Ambrósio Ribeiro Pessoa, 46, executado em julho em Caruaru, no Agreste, a ex-mulher da vítima foi beneficiada com o regime de prisão domiciliar. Isadora de Almeida vai cumprir pena alternativa, uma vez que tem uma filha menor de seis anos. Ela estava presa desde o dia 1° do mês passado, quando foi detida na Operação Patronus, que investigou o crime.  Segundo a Polícia, a execução foi planejada pelo irmão dela, José Isaac Ferreira de Almeida, que encontra-se foragido. O crime foi motivado por questões financeiras. Além de não aceitar o fim da relação amorosa, Isadora alegava prejuízo, após o advogado descobrir que ela e o irmão estavam envolvidos num esquema de lavagem de dinheiro.

De acordo com a Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Ressocialização (Seres), Isadora se encontra em prisão domiciliar desde o último domingo (25). Desde então, a mulher está sendo monitorada por meio do uso de tornozeleira eletrônica.  Isadora não tem autorização para sair da residência no Loteamento Itamaraty, em Caruaru, somente com autorização do Tribunal de Justiça de Pernambuco. 

O advogado André Ribeiro foi morto quando chegava à casa da ex-mulher para deixar a filha, após uma visita. A execução acabou sendo filmada pelas câmeras de segurança da rua. O advogado, que estava com a filha nos braços, entrega para uma prima da ex-mulher, e em seguida é obrigado a se deitar no chão e recebe os cinco tiros na cabeça. 

Durante a investigação ficou comprovado que Ramon Reis da Silva foi autor dos disparos. Ramon está preso desde 9 de agosto passado, por determinação de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de Sergipe. A Polícia também apontou José Jamerson de Sales, conhecido como Jairzinho, como sendo o proprietário do carro usado no dia do crime. Segundo a polícia, Jaizinho deu suporte no levantamento do local, onde a vítima pegaria a filha e ainda na fuga de Ramon. O veículo foi encontrado carbonizado na cidade de Cupira, no Agreste. 

O quarto envolvido seria Emerson Henrique de Azevedo, conhecido como Bê, que juntamente com Jairzinho, ajudou a fazer o levantamento do local do crime. Ele é acusado de praticar roubos em Caruaru e está foragido. Isadora e Isaac já foram indiciados e denunciados pelo Ministério Público por crime de homicídio, mediante paga com promessa de recompensa. Já os executores, Ramon, Jamerson e Edson foram iniciados por homicídio mediante paga, por meio de emboscada e associação criminosa. A Polícia pede a colaboração da população com denúncias para ajudar na prisão dos foragidos. As informações podem ser repassadas ao telefone do Disque-denúncia: 3421.9595.

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