CENSURA

Sintepe denuncia truculência da Prefeitura de Barreiros contra protestos

Em nota, gestão do prefeito Elimário de Melo Farias (PDT) afirma que "não seria necessário, os manifestantes fazerem protestos durante um desfile cívico" (sic).

Publicado em: 09/09/2018 15:35

Sintepe denuncia que Guarda Municipal de Barreiros age com truculência contra protestos de profissionais da educação. Foto: Sintepe/Divulgação
O Sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) publicou nota oficial denunciando e repudiando agressões sofridas por profissionais da educação no município de Barreiros, a 102 quilômetros do Recife, no Dia da Independência. Segundo o Sintepe, profissionais da educação e dirigentes sindicais estenderam faixas cobrando do prefeito Elimário de Melo Farias (PDT) reajuste salarial e outras demandas da categoria e foram alvos da truculência de agentes da Guarda Municipal de Barreiros.

Integrantes da Guarda Municipal de Barreiros tomaram bandeiras e faixas e teriam afirmado cumprir ordens do prefeito. Uma imagem enviada para a Imprensa mostra um homem trajando uniforme e carregando o que seriam materiais do protesto no momento em que desfilavam integrantes da Escola Municipal Luiz Bezerra de Mello. O Sintepe não informou se houve registro de ocorrência. Destacou apenas que em 7 de Setembro é comemorada a data da Independência do Brasil, mas, como há 24 anos denuncia o Grito dos Excluídos, protesto cívico dos movimentos sociais realizado na mesma data, "nossa verdadeira independência como país soberano ainda não chegou". "Os servidores de Barreiros e trabalhadores em Educação filiados ao Sintepe e ao Sinteb (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Barreiros), tão somente, estavam defendendo esta verdadeira independência, que é com povo participando efetivamente, livre para realizar seus protestos e reivindicações", diz a nota do Sintepe.

Em nota publicada na Internet, a Prefeitura de Barreiros reconhece a ocorrência de incidente "no qual um grupo representando o Sinteb fizeram suas manifestações durante o percurso do desfile cívico do município". Entretanto, embora registre que "todo ato pacífico é válido", alega que "a gestão em nome do prefeito Elimário Sempre esteve e continua aberto a escutar e tentar resolver todas as reivindicações da classe", para concluir afirmando que "não seria necessário, os manifestantes fazerem protestos durante um desfile cívico, onde os munícipes estão presentes apenas para prestigiar suas escolas num momento cívico e patriota" (sic).
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