Crime

Laudo do IML indica asfixia como causa da morte de Denirson Paes

Documento foi entregue à família do médico

Publicado em: 22/08/2018 10:34


Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a causa da morte do médico Denirson Paes teria sido "asfixia por esganadura". O documento foi liberado apenas à família da vítima, na última segunda-feira (20). O corpo do médico foi encontrado esquartejado na cacimba da própria residência, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, no dia 4 de julho. Exames periciais já haviam indicado a possibilidade de enforcamento por conta de marcas no pescoço, além de uma pancada na cabeça, que resultou em afundamento do crânio.

O aposentado Francisco Ferreira da Silva, 79, pai de Denirson, disse acreditar no que as investigações policiais apontam. "Não consigo entender em que mundo a gente vive, onde uma pessoa casada há 30 anos pode ser capaz de uma crueldade dessa. Me sinto como todo pai que perde um filho, estou desolado. Mas confio na conclusão da polícia", contou.

De acordo com a chefe da polícia científica, Sandra Santos, todas as perícias já foram concluídas e entregues à Polícia Civil. "Toda parte que cabe ao Instituto de Criminalística foi concluída e entregue para conclusão do inquérito", afirmou.

Desde do dia 5 de junho, os principais suspeitos do crime, a farmacêutica Jussara Rodrigues, 54, esposa de Denirson e o engenheiro civil Danilo Paes, 23, filho mais velho do casal, estão presos de forma preventiva. A principal linha de investigação da Polícia Civil é que a motivação do homicídio seria o pedido de separação feito por Denirson meses antes, versão confirmada pelo pai do médico.

"A vida deles dois sempre foi muito conturbada, cheia de divergências. Essa viagem que Jussara disse que ele iria fazer de 31 é só um álibi. Meu filho iria me visitar e depois ia se mudar para um apartamento e morar sozinho em Aldeia. Acredito que tenha sido uma questão patrimonial porque ele sempre investiu o dinheiro que ganhava", comentou Francisco.

De acordo com o advogado de defesa, Alexandre Oliveira, ainda faltam laudos das perícias para se chegar a uma conclusão. "Eu ainda preciso ter acesso ao laudo do IML e às demais perícias realizadas na casa, as análises das câmeras, no computador e telefone dele. Jussara não tem porte físico para ter enforcado o marido e o filho matar o próprio pai é uma versão diabólica que eu não acredito", disse.
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