Gasolina
Motoristas enfrentam grandes filas e reclamam de preço de combustível em postos do Grande Recife
Segundo sindicato dos donos de postos de combustíveis, alguns postos já estariam sem gasolina por causa da greve dos caminhoneiros
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 23/05/2018 15:13 | Atualizado em: 23/05/2018 20:50
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Apesar do anúncio de redução no preço dos combustíveis pela Petrobras, motoristas do Grande Recife saíram às pressas nesta quarta-feira (23) para abastecer seus veículos. A corrida para as bombas provocou filas extensas em alguns estabelecimentos. A população teme que ao invés de reduzir o preço da gasolina em 0,6% e o diesel em 1,15%, os combustíveis aumentem ainda mais com a greve dos caminhoneiros, o que já pode ser observado em um giro pela cidade. Alguns postos do Recife já comercializavam gasolina a mais R$ 7, o litro, quando vendida no cartão de crédito e outros, de acordo com publicações nas redes sociais, se encontravam fechados no meio do dia.
O Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis e Pernambuco (Sindicombustíveis) informou que há alguns postos da Região Metropolitana do Recife estariam sem combustíveis por conta da greve dos caminheiros. O abastecimento não vem sendo regularizado , uma vez que os caminhoes não conseguem sair do Porto de Suape. Em nota, eles declararam que postos da cidade não recebiam abastecimento há dois dias em uma situação que, segundo o presidente Alfredo Pinheiros, "poderia ser resolvida se houvesse força de vontade e compromisso do governo federal, que se mostra mais uma vez perverso com a população". Confira nota na íntegra:
No final da tarde, muitos postos de gasolina do Recife já estavam fehcados e aqueles que ainda conseguiam operar, estavam começando a ficar sem combustível. Passando pelo centro e pelas zonas Oeste e Norte da cidade, todos os estabelecimentos consultados pelo Diario estavam funcionando com apenas um tipo de adustível - só álcool ou só gasolina comum ou só aditivada.
O medo de não conseguir mais abastecer seu veículos, levou muitos motoristas a enfrentarem longas filas de espera nos poucos postos abertos na cidade.
A professora Cristiane Emília, 40 anos, saiu de Piedade para Casa Amarela e disse que até chegar num posto de gasolina localizado na Estrada dos Remédios, passou por cerca de 20 estabelecimentos tentanto abastecer. "Já estou tentando há duas horas. Aqui na rua há mais de uma. Estou esperando e confio que vou conseguir", afirmou.
Outro transtorno causado pelas filas de carros nos postos de gasolina foi a falta de organização no trânsito. Muitos motoristas aproveitaram a situação para cometer infrações, uma vez que os agentes da CTTU, que tentavam orientar os condutores, não podem aplicar multas.
Renato Amaral, 38 anos, estava na fila de um posto de gasolina da Avenida Abdias de Carvalho há quase uma hora. Segundo ele, já era o sexto posto que ele tentava abastecer. Além disso, o efermeiro reclama que da falta de honestidade dos motoristas. "Ainda tem pessoas desonestas furando a fila, fazendo bloqueio", desabafou.
O frentista Carlos Augusto relatou o dia cansativo de trabalho. Segundo ele, desde esta terça-feira (22), à noite, já havia começado a procura dos motoristas por combustível, mas esta manhã, a partir das 6h, foi que o movimento se intensificou. "Fila que não caba mais. Muita gente que mal educada, que não respeita fila, discussão, essas coisas todas", contou.
"Nesta quarta-feira, 23, faz dois dias em que os postos revendedores de combustíveis de Pernambuco não recebem seus abastecimentos de etanol, gasolina e diesel, devido a paralização dos caminhões transportadores, impedindo que os produtos deixem os terminais em Suape.
Para o presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Pinheiro Ramos, a situação poderia ser resolvida se houvesse força de vontade e compromisso do governo federal, que se mostra mais uma vez perverso com a população. "O governo não cede com relação à redução dos impostos e apenas a eliminação da Cide para o diesel não é suficiente para reduzir os altos preços pagos. E ainda assim, permanece com a atual política de preços da Petrobras e sua série de majorações, atendendo o mercado internacional", avalia ele. O presidente informa ainda que Cide do diesel representa apenas R,5 ( cinco centavos). "Uma redução que virá por terra já na primeira alta que o preço do diesel tiver, ditado pela Petrobras", completa.
Para os postos revendedores, o prejuízo vai desde a imagem perante seus clientes, já bastante castigada com a escalada dos preços, até a questão econômica, uma vez que os estabelecimentos deixam de vender mas continuam tendo seus custos diários com energia, salários, encargos sociais e outras taxas cobradas por diversos órgãos.
O Sindicombustíveis-PE defende que a redução de todos os impostos é indispensável para atingir um patamar de preços condizente com a realidade econômica da população."
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