Pedofilia
Polícia prende acusado de armazenar 80 mil imagens de pornografia infantil
Homem pagou fiança de 20 salários mínimos e vai responder em liberdade
Publicado em: 04/04/2018 15:26 | Atualizado em: 04/04/2018 15:46
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A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 26 anos, acusado de manter 80 mil arquivos de pornografia infantil em dispositivos eletrônicos. O acusado guardava o material dentro do próprio quarto da casa onde vivia no bairro da Várzea. Foram seis meses de investigação até a prisão ser realizada no último dia 27 de março.
A delegada Thaís Galba contou que após a identificação do suspeito, a polícia solicitou mandando de busca e apreensão ao juíz da Vara da Infância e da Adolecência. "Ele baixava sempre conteúdo de pornografia do computador da residência. Quando chegamos lá encontramos as imagens com criança e adolescente. Ele não negou a existência e nós ficamos chocados com o que vimos. Havia muitas abas abertas na tela e passamos 15 minutos para baixar o que estava aberto. Cenas de sexo explícita com bebês e crianças pequenas", disse.
Segundo a delegada, o acusado alegou que era uma pessoa doente e que sofria de depressão. "Ele ficou surpreso, achava que não fazia nada demais. Esse tipo de crime, as pessoas acham que não é nada demais. Praticam esse tipo de crime recusa em seus quartos, atrás do computador, sem estar tocando em ninguém, dando uma falsa percepção de que não se estar cometendo um crime. Enquanto tiver pessoas baixando esse tipo de foto, haverá o crime porque a produção das imagens demanda no envolvimento de crianças e até bebês", observou.
A Polícia apreendeu dois computadores, três HDs externos, dois pen-drives e um aparelho celular com os arquivos ilícitos, adquiridos através da “deep web”. Todo material foi encaminhado para perícia no Instituto de Criminalística. "Pedimos para examinar se houve compartilhamento das imagens pois nesse caso, ele terá uma punição ainda mais severa", disse a delegada.
Por enquanto, o acusado está sendo indiciado por crime de armazenamento de conteúdo ilícito de pornografia infantil. O acusdo pagou uma fiança de 20 salários mínimos, o equivalente a aproximadamente R$ 19 mil, e irá responder em liberdade pelo crime. No entanto, se for comprovado o compartilhamento das imagens, ele poderá ter prisão preventida decretada pela Justiça.
"O compartilhamento de vídeos de pronografia infantil é um crime diferente, mais grave, que pode levar a até seis anos de detenção. Ele nega ter compartilhado os arquivos e ter abusado de crianças, mas estamos investigando se ele enviou o material a outras pessoas e se houve crime de estupro cometido por ele”, ressaltou o gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente, Darlson Macedo.
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