Cidade Alta

Jardineiro usou uma pedra de 400 gramas e três vasos para matar arquiteta

Reconstituição do crime demorou cerca de duas horas. Agora, a polícia irá concluir inquérito até o dia 20

Publicado em: 10/04/2018 12:22 | Atualizado em: 10/04/2018 15:24

Acusado chegou usando colete a prova de balas, acompanhado dos policiais. Foto: Marcionila Teixeira/DP
Foi encerrada no começo da tarde desta terça-feira a reconstituição do assassinato da arquiteta Maria Alice dos Anjos, 74  anos. Ela foi encontrada morta dentro de casa, na Rua 13 de Maio, na Cidade Alta, em Olinda. Durante o procedimento, os peritos verificaram que o acusado de cometer o crime, o jardineiro Renato José da Silva, 28, usou uma pedra com cerca de 400 gramas, além de três vasos, cujos os pesos variam entre 1,8 quilos e 3 quilos. A perícia concluiu que o acusado agiu sozinho.  
 
A reconstituição teve início por volta das 11h30 e terminou quase duas horas depois. A delegada Andrea Griz explicou que vai indiciar o jardineiro por crime de latrocínio. "Vou pedir a conversão da prisão temporária para preventiva", completou. A delegada tem até o dia 20 deste mês para remeter o inquérito ao Ministério Público de Pernambuco.
 
Renato José chegou à casa da vítima para a reconstituição vestindo um colete à prova de balas. Muito nervoso, ele disse estar arrependido do que fez para os policiais. Seus advogados também acompanharam a perícia. "Ele é réu confesso. Vamos tentar com isso reduzir a pena que corresponde a no mínimo 20 anos de prisão", argumentou o advogado Cleyton Eustáquio. Segundo ele, o jardineiro é dependente químico e, na véspera do assassinato, teria usado muitas drogas.

A vizinhança acompanhou a movimentação dos policiais. A Polícia não permitiu as pessoas chegarem muito perto. O crime ocorreu na noite do dia 13 de março deste ano. O jardineiro Renato José da Silva confessou o assassinato da arquiteta e fundadora do bloco carnavalesco ‘Eu Acho É Pouco’ para encobrir os furtos que havia praticado contra a vítima. Maria Alice foi encontrada morta no quintal da casa em que morava, apresentando ferimentos na cabeça e nos joelhos. Ao lado do corpo, os peritos criminais encontraram um vaso de plantas, provavelmente usado para matar a vítima. Ele fugiu levando um celular, duas bolsas e uma garrafa de uísque.
 
 
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