CARNAVAL 2018

Noite dos Tambores Silenciosos pede proteção aos orixás para o carnaval

Celebração aconteceu na noite desta segunda-feira, no Sítio Histórico de Olinda

Publicado em: 05/02/2018 22:49 | Atualizado em: 05/02/2018 23:02

Ponto alto da celebração será à 0h, quando os batuques são silenciados numa adoração aos orixás e à Nossa Senhora do Rosário. Fotos: Roberto Ramos/DP (Ponto alto da celebração será à 0h, quando os batuques são silenciados numa adoração aos orixás e à Nossa Senhora do Rosário. Fotos: Roberto Ramos/DP)
Ponto alto da celebração será à 0h, quando os batuques são silenciados numa adoração aos orixás e à Nossa Senhora do Rosário. Fotos: Roberto Ramos/DP (Ponto alto da celebração será à 0h, quando os batuques são silenciados numa adoração aos orixás e à Nossa Senhora do Rosário. Fotos: Roberto Ramos/DP)


A semana pré-carnavalesca em Olinda começou com uma celebração para pedir a proteção dos orixás durante os festejos de Momo. Dez nações de maracatu de baque virado se reuniram, na noite desta segunda, nas ladeiras do Sítio Histórico e atraíram centenas de pessoas para assistir à 17ª da Noite para os Tambores Silenciosos. O evento começou por volta das 20h, nos Quatro Cantos, quando o Maracatu Leão Coroado, o mais antigo entre as nações de baque virado, saiu em cortejo pela Rua do Amparo até a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso, em frente à sede do Homem da Meia Noite.

A cerimônia cultural-religiosa acontece sempre na segunda que antecede o Sábado de Zé Pereira. No catolicismo, as segundas-feiras são o dia das almas. E nas religiões afros é o dia dos eguns. "A Noite para os Tambores Silenciosos é realizada para pedir a interseção dos nossos antepassados negros e cristãos para brincar o carnaval. Pedimos também a proteção de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Essa igreja completa 400 anos e um local de alta significação porque foi construída por escravos. Por isso, esse ritual é um sincretismo entre as religiões afro e a Igreja Católica”, explicou o embaixador da cultura afro indígena no Brasil, Thiago Nagô. Durante a celebração, as nações de maracatu benzeu diversas imagens. 

Cortejo começou nos Quatro Cantos e seguiu pela Rua do Amparo até chegar à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso. (Cortejo começou nos Quatro Cantos e seguiu pela Rua do Amparo até chegar à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso.)
Cortejo começou nos Quatro Cantos e seguiu pela Rua do Amparo até chegar à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso. (Cortejo começou nos Quatro Cantos e seguiu pela Rua do Amparo até chegar à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Bonsucesso.)

O ponto alto da cerimônia acontece à 0h, quando os batuques dos tambores e os cânticos que reverenciam as entidades e os ancestrais são silenciados numa adoração aos orixás e à Nossa Senhora do Rosário. Participam, ainda, do cortejo os maracatus nação Badia, Pernambuco, Sol Brilhante, Camaleão, Maracambuco, Tigre, Estrela de Olinda e Luana. O convidado especial é o Maracatu Estrela Brilhante, de Igarassu. 
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