Diario Urbano

Carnaval do Recife se tornou previsível no quesito disputa das agremiações

Publicado em: 16/02/2018 07:32

Por mais que falemos em diversidade, o carnaval do Recife se tornou previsível no quesito disputa das agremiações. O décimo primeiro campeonato consecutivo da Gigante do Samba, neste ano, retrata bem o espírito e se sobressai porque, embora ressaltemos o caráter múltiplo da nossa folia, o imaginário popular gira em torno da supremacia midiática das escolas de samba. Diga-se do Rio de Janeiro e de São Paulo. Romper esse ciclo deveria ser uma das metas para a cidade noticiada como diversa, onde caboclinhos, maracatus, ursos, troças, blocos, clubes e bois sobrevivem independentemente de campeonatos, mas que fazem deles motivos para se organizar ano após ano. Não subestimemos a lógica da disputa. Ela não deve ser peça maior na valorização do carnaval, mas pode fortalecer quem luta por reconhecimento público, expressado na conquista de títulos, na publicização das conquistas e na liberação de recursos. Cá para nós, esses três elementos andavam em baixa sintonia. E  jogar as disputas para os fundos da Avenida Dantas Barreto, medida aprovada pelas agremiações neste ano, foi lançar véu sobre quem carece de holofotes.
 
Furto de cavalos
Os ladrões de cavalo não brincaram o carnaval. Agiram. Roubaram nove bichos do Centro de Vigilância Animal (CVA), em Peixinhos. Levaram os animais sadios, pois são vendáveis ou suportam trabalho. Os doentes ficaram para a prefeitura cuidar.

Peso da carteira
As multas seriam um remédio para coibir a criação de animais de grandes portes em vias urbanas. Sem isso, as apreensões feitas pelas prefeituras, como as de Recife e Olinda, serão em vão. Elas pegam os animais em um dia e os donos resgatam no outro.

Soltos nas margens
Exemplo existe para Legislativo ou Executivo elaborar projeto prevendo multas aos criadores de animais de grande porte em vias públicas. A Lei Estadual 14.625, de 2012, determina multas para donos de bichos soltos nas margens das rodovias.

Defesa animal
Será no Recife, em 26 de março, o lançamento do selo dos Correios comemorativo à defesa animal. O desenho coube à ilustradora Carolina Spina e à designer Marcela Tenório. Esta pernambucana e autora do Amiga Zetta, projeto de educação na causa animal.

Pressão popular
O selo comemorativo não veio de graça. Resultou da pressão da Confederação Nacional de Proteção Animal, que tem entre os diretores a pernambucana Goretti Queiroz. A proposta surgiu em Brasília, em 2017, durante o acampamento anual do grupo.

Escorpiões na avenida
Os moradores da Avenida Mustardinha, em Afogados, se perguntam sobre a origem do surgimento de tantos escorpiões. Os bichos aparecem, segundo eles, “do nada” . Por “nada”   entenda acúmulo de tralhas nos quintais e nas áreas públicas.
 
Mão dos foliões 
O que já estava ruim, na mureta do Rio Capibaribe da Avenida Martins de Barros, em Santo Antônio, ficou pior depois do carnaval. Foliões embriagados, conforme testemunhas, derrubaram pedaços da alvenaria e dos cobogós rachados.

Entre as pontes
A degradação da mureta do Rio Capibaribe, em Santo Antônio, pode ser vista em diversos pontos entre as pontes Maurício de Nassau e Buarque de Macedo. A maresia, o avanço de plantas sobre a alvenaria e a demora na manutenção figuram nas causas.
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