Diario de Pernambuco
Busca

AGUAZINHA

Mulher morta a 30 facadas em Aguazinha foi vítima de latrocínio

O crime ocorreu na madrugada do dia 26 de dezembro, em Olinda

Publicado em: 09/01/2018 14:03 | Atualizado em: 09/01/2018 14:19

Assassino confessou que entrou na casa de Marcela pela janela do quarto dela com a intenção de roubar o celular dela. Foto: Facebook/Reprodução
A auxiliar de ensino Marcela Gomes Leite, de 32 anos, morta com 30 facadas foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na madrugada do dia 26 de dezembro. Essa foi a conclusão da Polícia Civil de Pernambuco após investigações apresentadas ontem. O crime aconteceu em Aguazinha, Olinda. O autor e vizinho, Denilson Andrade da Silva, de 28 anos, foi apreendido em Itaquitinga, três dias após a ação. A prisão temporária deve ser convertida em preventiva com o encerramento do inquérito realizado ainda nesta semana. 

Em depoimento, Denilson confessou que entrou na casa de Marcela pela janela do quarto dela com a intenção de roubar o celular da moça e uma quantia em dinheiro  armazenada na casa - informação que ouviu durante uma conversa de Marcela em uma festa com os amigos. Durante a invasão, a mulher acordou e foi até a cozinha pegar uma faca para reagir. Denilson a agrediu, pegou a arma branca da mão dela e a golpeou na face, membros e tórax. Em seguida, arrastou o corpo do quarto até a cozinha, chegando próximo ao banheiro, onde jogou água no rosto da vítima para tentar reanimá-la. Em vão, fugiu da casa pela mesma janela que entrou. 

A delegada Fabiana Leandro, da Divisão de Homicídios Norte, explicou que antes de Denilson, o ex-namorado da vítima e um amigo da família, que estaria dando em cima da vítima na noite anterior ao crime, também foram investigados. As hipóteses foram descartadas após exame de DNA. “Foi quando recebemos a informação de que poderia ser o vizinho da rua de trás, que na noite anterior havia ingerido bebida alcoólica a usado crack”, disse.

O perito criminal, Diego Costa, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou que a perícia foi fundamental para entender a dinâmica do crime. “Encontramos no quintal onde Denilson morava a faca que ele usou para matá-la e a capinha do celular dela. Nos dois objetos e nas unhas da vítima, o material genético do autor. Na parede da casa dela, as pegadas dele cheias de sangue escalando a janela para fugir”, relatou. 

Ainda em depoimento, o autor do crime alegou não ter encontrado o dinheiro guardado por Marcela. Segundo a perícia, o armário dela estava totalmente revirado. A polícia e a família  da vítima também não encontraram o montante. Denilson foi preso pela primeira vez em 2008 e estava desde setembro em liberdade condicional. O inquérito será encerrado até sexta-feira.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL