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Diario urbano: Mera agenda?

Publicado em: 10/01/2018 08:12

Interessante a proposta do Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas do Estado de Pernambuco. Sancionada em dezembro do ano passado, a lei definiu critérios para a inclusão dos eventos no calendário. Eventos, diga-se, “toda atividade ou festividade com o intuito de reunir pessoas, que tenha um contexto histórico, cultural ou religioso”. As possibilidades são amplas. Talvez por isso se transforme em uma lista sem fim, como indicam os primeiros acréscimos de datas e eventos ao calendário. Com menos de um mês de existência, considerando ter sido instituída em 14 de dezembro, o calendário ganhou 18 emendas. Ou melhor, os 18 novos eventos e datas foram acrescidos aos mais de uma centena, que incluíam feiras de negócios e homenagens a pessoas: datas como os dias das Mães e dos Pais, festejos religiosos e semanas para se conscientizar sobre determinados tipos de doença. As propostas apresentadas e aprovados têm valores inquestionáveis, o problema é que o excesso de datas e eventos pode transformar o calendário em uma mera agenda. E não em um elemento de estímulo ao turismo e ao debate social, por exemplo.
 
Pode atravessar
Causa inveja cenas assim, flagrada na Avenida Alfredo Lisboa, Bairro do Recife. Em geral, os motoristas da cidade fingem não enxergar os pedestres sem que o vermelho do semáforo esteja acionado. A linguagem aceita dos condutores é a do pé no acelerador.

Bombas d'água
Basta o zumbido das torneiras do Alto Nova Olinda, em Águas Compridas, para se ouvir disparos consecutivos do acionamento das motobombas, seja dia ou noite. Os equipamentos são os últimos recursos para quem enfrenta dias sem uma gota d'água em casa.

Fim da linha
As motobombas salvam alguns em Águas Compridas, mas causam dores de cabeça nos imóveis localizados nos trechos finais da rede de abastecimento. Nesses, o abastecimento é a conta-gotas. Quanto mais equipamentos acionados menor pressão nos canos.

Maior que praça
Corresponde a mais do que Praça Euclides da Cunha, na Madalena, os 0,7 hectares de Mata Atlântica desmatados para se construir um condomínio na Granja Piricirica, no km 17 da Estrada de Aldeia, Paudalho. A praça de Burle Marx mede 0,63 hectares. 

Vegetação secundária
Desmatou-se, segundo a CPRH, 6,5 hectares na Granja Piricirica para a construção de um condomínio. Desses, 5,8 hectares eram de vegetação secundária do Bioma Mata Atlântica, equivalente a 4,2 praças de Casa Forte, também projeto por Burle Marx. 

Sem perigo
A Vigilância Ambiental do Recife descarta o risco de reprodução do Aedes aegypti no museu a céu aberto do Bairro do Recife, onde há água empoçada. Isso por ter aplicado larvicida, com validade de um mês, na segunda quinzena de dezembro.

Velocidade menor
Depois do último domingo, com o congestionamento quilométrico na ponte que interliga Itapissuma a Itamaracá, motoristas pensam em pedir ao DER que mude a placa de 20 km. O ideal, segundo eles, seria 10 km ou menos. Ali se anda em marcha única: a primeira.
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