Justiça Motorista que causou acidente na Tamarineira vira réu e volta a ser indiciado João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 26 anos, será indiciado por uma terceira tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, com pena de até 30 anos. O crime aconteceu na madrugada de 16 de outubro, quando João Victor tentou atropelar o vigilante de um posto de combustível em Olinda

Publicado em: 13/12/2017 07:34 Atualizado em:

O estudante João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 26 anos, será indiciado por uma terceira tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, com pena de até 30 anos. O crime aconteceu na madrugada de 16 de outubro, quando João Victor tentou atropelar o vigilante de um posto de combustível em Olinda. E, ontem, o TJPE informou que o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti da 1ª Vara do Júri da Capital aceitou a denúncia do MPPE contra o estudante, responsável por matar três pessoas, entre elas uma criança e uma grávida, e atentar contra a vida de outras duas, no crime de trânsito no bairro da Tamarineira, no dia 26 de novembro. Na prática, João Victor é considerado réu pela Justiça, por triplo homicídio doloso e duas tentativas de homicídio.

O inquérito sobre o crime no posto BR ainda não foi concluído. Mas o delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Peixinhos, responsável pela conclusão da investigação, afirmou que pelo apurado até o momento, não há dúvidas a respeito da conduta do estudante. “João Victor chegou bêbado ao posto dirigindo o Ford Fusion. O segurança pediu para ele se retirar. Ele saiu e voltou em um Ford Ranger, dando cavalo de pau, jogando o carro por cima das bombas de gasolina, tentando esmagar o vigilante contra a parede”, detalhou Meneses. Além do vigilante, duas testemunhas prestaram depoimento.

Dois dias antes da tragédia na Tamarineira, 40 dias após o ocorrido, o pai de João Victor, o empresário Bruno Leal, foi ao estabelecimento e ameaçou o vigilante. “No dia que João Victor esteve lá, o posto tinha muita gente. Algumas pessoas jogaram garrafas de vidro para fazer ele parar de tentar me matar. Eu consegui dar um murro no vidro da janela do motorista para tirar ele do carro. Nessa hora, ele arrancou o carro e saiu. Antes de ir ao hospital, eu fui à delegacia e fiz o boletim de ocorrência. Eu ainda me sinto ameaçado. Mas agora está nas mãos de dois delegados”, contou o vigilante, que preferiu não se identificar. Segundo Eronides, Bruno Leal ainda será ouvido, bem como uma terceira testemunha. O pai de João Victor também poderá ser indiciado por ameaça.

Se o Ministério Público acatar essa terceira tentativa de homicídio, serão três processos contra o estudante. Ontem, foi enviado ao Ministério Público de Olinda a conclusão do inquérito de lesão corporal e constrangimento ilegal contra a vizinha de João Victor, Maria Zélia Santiago, e ameaça de morte e crime de vias de fato (iniciar uma briga) contra o namorado de Zélia, Felipe Leal Chaves. A nova advogada de João Victor, Andresa Salustiano, habilitada no caso na última segunda, disse que a defesa não vai se pronunciar.
O promotor André Rabelo informou que aguarda o juiz abrir vistas sobre o pedido de assistência de acusação da família Motta Silveira. “Esse crime é hediondo, com circunstâncias agravantes. Essa tragédia poderia ter sido muito pior”, avaliou Rabelo.

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