Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 08/12/2017 11:44 Atualizado em: 08/12/2017 12:08
No início desta sexta-feira, duas funcionárias da Caixa Econômica Federal de Ipojuca foram sequestradas quando estavam saindo de casa e obrigadas a abrir o cofre da agência para uma quadrilha de assaltantes. Com ameaças de morte e armas apontadas para suas cabeças, a tesoureira e a gerente da agência foram "pegas" em endereços diferentes de Ipojuca por volta das 7h da manhã, quando iam trabalhar, e levadas até o banco, que fica no centro da cidade. A quantia levada não foi informada. Com essa investida, o total de ações criminosas contra bancos em Pernambuco chega a 165 registros em 2017.
João Rufino, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco afirma que já foram 47 ações no Agreste do estado, 23 na Zona da Mata, 38 no Sertão e 57 na Região Metropolitana do Recife (RMR). "Estamos acompanhando as funcionárias abordadas porque o abalo psicológico de uma ação como esta é muito grande. A vida fica por um fio e com certeza elas terão que ser encaminhados para outras agências porque estão vulneráveis agora", afirma. Segundo ele, até o final de dezembro, o sindicato junto à Polícia Federal deverá apresentar um sistema tecnológico inédito que poderá reduzir o número de investidas em Pernambuco.
"Com esse equipamento, que já está em teste, teremos uma chance de diminuir a insegurança nas agências e evitar o fechamento de unidades bancárias no interior do estado, como tem acontecido", completa Rufino, sem adiantar mais detalhes da tecnologia. De acordo com a Polícia Federal, o crime já foi notificado e está sendo acompanhado pelo órgão, que irá conversar com as vítimas envolvidas ainda nesta sexta-feira e fazer a análise das imagens do circuito interno de câmeras do banco.
Essa é a quarta ação criminosa apenas em dezembro em Pernambuco. Em 2016, o sindicato registrou 346 investidas. Os bancos com maior número de registros este ano são o Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa, nessa sequência. Os tipos de delitos mais comuns no estado são explosões em caixas eletrônicos, assaltos às agências e arrombamentos de agências, respectivamente. Os dados são do sindicato dos bancários.
