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TJPE Acordo entre Justiça e Exército acelera destruição de armas apreendidas A ideia é evitar que material seja roubado e reutilizado

Publicado em: 20/12/2017 08:19 Atualizado em:

Armas apreendidas durante a campanha do desarmamento. Foto: Polícia Federal/Divulgação (Armas apreendidas durante a campanha do desarmamento. Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Armas apreendidas durante a campanha do desarmamento. Foto: Polícia Federal/Divulgação


Armas de fogo usadas como provas em processos judiciais ou arrecadadas em campanhas de desarmamento foram destruídas simbolicamente, nessa terça, pelo Comando da 7ª Região Militar do Exército Brasileiro no Recife. O material, que totalizou 1.141 peças, estava em fóruns do estado e foi entregue, ao longo deste mês, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ao Exército.

Apesar da entrega fazer parte da rotina das duas instituições, em novembro o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) firmou convênio de um ano com o comando da Força Terrestre para dar mais celeridade ao processo. Em junho, criminosos invadiram o Fórum de Diadema, na Grande São Paulo, e levaram 391 armas guardadas no local.

Para cumprir o acordo e agilizar a entrega do armamento nos quatro estados que compõem a 7ª Região (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas), foi montada a Operação Vulcão, iniciada no dia 1°de dezembro e com previsão de ser encerrada no próximo dia 31.

O coronel Paiva Dias, chefe da Seção de Fiscalização de Produtos Controlados, calcula 12 mil armas, ainda, para serem recolhidas nesses estados. Segundo ele, apenas armamento longo é doado a órgãos de segurança pública, como fuzis, metralhadoras, carabinas e espingardas. No Brasil, calculam-se 110 mil armas guardadas em fóruns. Segundo estatísticas da 7ª Região, neste ano já foram destruídas 13.223 armas. “Nossa ideia é esvaziar os fóruns até o fim do ano”, avisou o coronel Paiva Dias.

CAMINHO
A destruição das armas aconteceu no 4º Batalhão de Polícia do Exército, localizado na BR-232, no Curado. O armamento é recebido no 7°Depósito de Suprimento do Exército, no Cabanga, onde é danificado na frente do portador da Justiça em uma prensa. Em seguida, o plástico e a madeira são eliminados para, na última fase, que é encaminhar o material à empresa Gerdau, que utiliza a matéria-prima. “Com essa ação, tiramos as armas de circulação e evitamos que caiam nas mãos de criminosos”, destacou o coronel. O armamento é doado porque não é mais necessário durante a instrução processual.


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