Caravana Projeto vai percorrer Pernambuco para conscientizar sobre proteção contra contágio pelo zika vírus Em função do histórico de epidemias de arboviroses e dos casos de microcefalia, Pernambuco foi escolhido para receber uma cruzada de conscientização sobre o zika vírus como doença sexualmente transmissível

Publicado em: 21/11/2017 06:39 Atualizado em:

Em função do histórico de epidemias de arboviroses e dos casos de microcefalia, Pernambuco foi escolhido para receber uma cruzada de conscientização sobre o zika vírus como doença sexualmente transmissível. Encabeçado pelo Fundo PositHIVo e sob responsabilidade da Gestos, a iniciativa terá participação de outras cinco entidades não-governamentais. O projeto Saúde sexual e reprodutiva no contexto do zika vírus levará discussões e oficinas a cinco cidades. A ação terá um ano inicialmente, podendo ser continuada por mais dois. O início foi ontem, em Goiana, na Mata Norte, com a chegada da Caravana Cultura Mais Fortes que a Zika.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos já confirma que uma pessoa contaminada com o zika pode transmitir o vírus para seus parceiros sexuais. A infecção pode acontecer ainda que a pessoa não apresente sintomas, segundo o órgão. Neste ano, o Brasil já notificou mais de 15 mil casos de zika. Em Pernambuco, o número é de cerca de 700 registros. Observando esse quadro e sobretudo o retrospecto, foram selecionadas para receber as ações do fundo aquelas cidades onde foram registrados os maiores índices de infecção pelo zika e também de crianças com comprometimento em função da síndrome congênita.
A caravana leva às comunidades o palco móvel do Som na Rural, com bandas como Santos de Guerrilha e o grupo teatral Violetas da Aurora. A D. Camisilda, personagem que trata da promoção do preservativo feminino, também participa.

Além de Goiana, foram selecionadas para a atividade Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina. “Somos um fundo nacional, mas como Pernambuco foi o epicentro da epidemia, resolvemos direcionar os recursos para desenvolver ações no estado, especialmente no campo da educação de jovens, mulheres e comunidades carentes em geral”, detalhou o coordenador geral do Fundo PositHIVo, Harley Henriques. O investimento inicial é de R$ 40 mil em cada iniciativa, que utilizará da cultura e linguagem local para promover a conscientização.

O Grupo Curumim Gestação e Parto atuará com meninas adolescentes da rede pública de ensino, por meio de redes de diálogo e concurso de redação, nas cidades de Goiana e Petrolina. O Instituto Papai trabalhará em Caruaru, com pais de crianças ou com mulheres que sofrem da síndrome congênita. O Instituto Mara Gabrilli atuará junto com a ONG Amar, realizando pesquisa para criar um protocolo de adições da síndrome, no Recife. 

Também na capital, nas comunidades de Passarinho e Totó, a Casa da Mulher do Nordeste investirá na formação sociopolítica de mulheres jovens e negras. Já o Grupo de Trabalho em Prevenção Positivo (GTP+) levará a 10 escolas públicas de Olinda o projeto Lampião e Maria Bonita Superprevenidos na Luta contra o Zika Vírus, para debater a contração da doença e formas de prevenção. Eles também realizarção atividades nas estações de metrô Joana Bezerra e Recife.


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