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Investigação Laudo vai definir culpado por acidente em Aldeia Polícia fez reprodução de colisão que deu origem à briga e terminou com morte de um empresário

Publicado em: 09/11/2017 07:48 Atualizado em:

A colisão entre dois veículos no km 3,5 da Estrada de Aldeia, que resultou em um homicídio no dia 29 de outubro, foi reconstituída pela Polícia Civil. Segundo o perito criminal Diego Costa, o principal objetivo foi descobrir quem causou o acidente. Adalberto Ferreira da Silva, 66, autor do disparo fatal contra o empresário Leonardo Henrique Buarque Spinelli, 34, alegou ter atirado em legítima defesa durante briga de trânsito após o choque. O suspeito, que está foragido, acusa a vítima de provocar a batida. O laudo sobre a simulação deve sair em até 30 dias. A polícia não fez a reconstituição da cena do disparo, ocorrido no km 1.

“Já está muito bem definido quem efetuou o tiro. Se houver dúvida em relação à dinâmica, a gente fará a reprodução do homícidio. Saímos daqui bem convencidos de quem causou o acidente”, explicou o perito, sem entrar em detalhes.

Na cena da colisão, foram recriadas todas as possibilidades sobre quem poderia ter invadido a contramão. “Fizemos medições e análises. Faremos alguns exames laboratoriais e outros cálculos para dar uma conclusão mais precisa”, completou Costa. De acordo com a esposa da vítima, Alexsandra Cruz, o casal seguia com a filha de três anos para uma festa em Aldeia no carro da família, um Ônix. Adalberto seguia no sentido Recife em um Ecosport, quando os dois veículos colidiram.

Segundo Alexsandra, Adalberto estava embriagado. “Ele estava invadindo a pista e bateu na gente. Leo fez então o retorno para encontrá-lo. Adalberto estava andando em zigue-zague e emparelhamos com o carro dele. Leo explicou que estava com a família e mostrou a batida. Na lombada eletrônica, paramos o carro. Quando Leo começou a falar, Adalberto atirou”, contou a esposa de Leonardo Spinelli. O crime ocorreu por volta das 18h30. A bala atingiu o peito da vítima, que não resistiu.

A delegada de Camaragibe, Euricélia Nogueira, disse que ainda não foi feita perícia tanatoscópica no corpo. A bala e a arma não foram encontradas. “Estamos tentando localizar mais uma testemunha e prender Adalberto. Já ouvimos a testemunha do momento do disparo”, explicou. No dia do crime o acusado chegou a ir à delegacia prestar depoimento com um advogado. Depois, nenhum representante entrou em contato com a polícia. “A versão de Adalberto se constrói em cima do acidente. Ele chegou a informar que não foi responsável pela colisão. Mas se você constrói um depoimento em cima de afirmações falsas, elas não dão suporte ao resto do depoimento”, disse Euricélia.

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