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Feminicídio Morre no HR mulher de 22 anos espancada pelo ex-companheiro

Publicado em: 16/10/2017 11:41 Atualizado em: 16/10/2017 11:48

Morre no HR mulher de 22 anos espancada pelo ex-companheiro. Foto: Reprodução/ Facebook
Morre no HR mulher de 22 anos espancada pelo ex-companheiro. Foto: Reprodução/ Facebook

Morreu, na madrugada desta segunda-feira, no Hospital da Restauração (HR) a mulher de 22 anos espancada pelo ex-companheiro na madrugada da sexta-feira passada. O crime aconteceu na comunidade de Bola na Rede, bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife.


Testemunhas contaram que o suspeito, o vendedor ambulante Eliziário dos Santos Laplaze, com o qual a vítima tem dois filhos, teria batido na mulher com uma garrafa e depois chocado a cabeça dela contra um tanque de levar roupas na casa de uma amiga da vítima, na Rua Cascatinha, fugindo em seguida.

A vítima foi socorrida pela mãe para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, de onde a paciente foi transferida para o HR. No posto policial da unidade de saúde o caso foi registrado como tentativa de homicídio, agora concretizada. De acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, o caso será tipificado como feminicídio. Preso na manhã da sexta-feira o homem foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Lei Maria da Penha - Em agosto deste ano, quando a Lei Maria do Penha completa 11 anos de existência, o Instituto Maria da Penha lança uma campanha para chamar atenção sobre os números da violência contra a mulher. Chamada de Relógios da violência, a ação faz uma contagem, minuto a minuto, do número de mulheres que sofrem violência no país. O objetivo é incentivar as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e até patrimoniais.


O usuário que quiser participar pode acessar o site e compartilhar os dados da campanha nas redes sociais, com a hashtag #TáNaHoraDeParar. Em celebração à data, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também está promovendo uma mobilização no Twitter com a hashtag #SouMulherE.

A Lei nº 11.340 leva o nome da farmacêutica cearense Maria da Penha, atualmente uma das principais ativistas na luta pelo fim da violência contra a mulher. Ela foi vítima do próprio marido e ficou paraplégica após as agressões. Para a advogada Isadora Vier, especializada na área de gênero dentro do direito penal, a lei trouxe avanços importantes.

“Tem sido uma galgada de conquistas importantes, no sentido de aparelhamento das redes de atendimento, uma compreensão de que o atendimento tem que ser multidisciplinar, envolver várias instâncias. Nesse caso, a avaliação é positiva”, avalia.

De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a Central de Atendimento à Mulher registrou, no ano passado, 1.133.345 atendimentos. O número foi 51% superior ao de 2015 (749.024). Uma atualização das estatísticas sobre as agressões no país deve ser feita, ainda esta semana, pela secretaria. A central pode ser acionada pelo telefone 180.
 


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