Por: Jailson da Paz
Publicado em: 15/09/2017 07:43 Atualizado em:
Um abaixo-assinado que pede para se tombar a antiga usina de beneficiamento de algodão em Surubim retrata a luta pela preservação da memória no interior do estado. Nessa cidade do Agreste, o prédio sem o apelo de fachada em cerâmica ou porcelanato tem em favor o apego dos moradores à tradição. E a usina algodoeira é marco na arquitetura e na expansão urbana. Estivéssemos em décadas passadas, tais argumentos seriam suficientes para a aprovação rápida. Hoje nem tanto. As novas gerações, guiadas pelas mudanças culturais e econômicas, nem sempre enxergam no respeito ao passado uma das âncoras para se preservar a identidade de um lugar ou de um povo. Argumento esse que está longe de significar a defesa do aprisionamento à ideia de o passado ser o tempo perfeito. O passado é um elo. Se não entendido como tal, a corrente ficará incompleta, acelerando a demolição, como ocorrido parcialmente em Surubim, na velha usina. E se ontem foi a algodoeira, amanhã poderá ser com o que restou do pátio da usina ou casario. Afinal, o espírito de demolição nada poupa quando se desdenha a história.
Metade da rua
Na esquina das ruas Adalberto Camargo e Senador Alberto Paiva, nas Graças, a calçada ficou pequena para os carros. Clientes, além de ocupar o espaço regularmente demarcado, formam uma segunda fila, deixando metade dos veículos no meio da via.
Trânsito municipal
Pelos números se pode concluir que a municipalização do trânsito tem sido bom negócio na Região Metropolitana do Recife. Treze dos 14 municípios da área administram o serviço. Falta apenas São Lourenço da Mata, que está com o processo em andamento.
Embarque irregular
É cedo para saber se o Urbana-PE, sindicato das empresas de ônibus, terá sucesso na campanha Faça o certo, porém já é possível concluir que tem muita gente disposta a apontar o dedo para quem embarca irregularmente nos coletivos.
Mais de oitenta
Em 20 dias, a campanha Faça o certo, destinada a reduzir a evasão de receitas dos ônibus, recebeu mais de 1,6 mil mensagens via WhatsApp. Uma média diária superior a 80 mensagens, que estão sendo mapeadas. O mapeamento inclui linhas e empresas.
Casa de mosquito
O fosso do viaduto do BRT da Avenida Caxangá, no bairro da Iputinga, se tornou um problema de saúde pública. Acumula lixo e água por não dispor de cobertura e de um bom sistema de drenagem. Os mosquitos agradecem, pois o lugar se tornou um criadouro.
Energia solar
Passados os primeiros dias da abertura das novas estações do BikePE, as bicicletas perderam o status de estrelas únicas. Pedestres admiram as placas solares que abastecem as estações. Seria a maneira, segundo alguns, de pagar menos pela energia elétrica.
Adutora indígena
Embora esteja a 7 quilômetros do São Francisco, a Aldeia Serrote dos Campos dos Pankará, em Itacuruba, depende de carros-pipa. Água nas torneiras depende da adutora cujas obras começam neste mês. O projeto é do comitê da bacia hidrográfica do rio.
