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Plano Metropolitano Secretaria estuda estratégia para destino dos lixões Há dois aterros sanitários privados que recebem os resíduos de 11 municípios da Região Metropolitana, um aterro público e dois lixões

Por: Rosália Vasconcelos - Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/08/2017 07:26 Atualizado em:

Estudar soluções e estratégias para a destinação dos resíduos sólidos de cada um dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR). Durante seis meses, esse será um dos trabalhos da Secretaria das Cidades, para cumprir a segunda etapa do Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos. Os recursos para executar o planejamento foram anunciados na tarde de ontem pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, que visitou a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Candeias, em Jaboatão dos Guararapes.

Na primeira etapa, a Secretaria das Cidades fez um diagnóstico de como estava sendo tratado o lixo de cada um dos municípios da RMR. O estudo, que custou R$ 11,9 mil, foi concluído em 2014 e foram identificadas diversas irregularidades em relação à destinação dos resíduos, como a existência de diversos “lixões” irregulares e depósitos de lixo ilegais. Nessa segunda fase, serão investidos R$ 1,9 milhão para definir quais serão as ações de coleta e destinação adequadas para cada um dos 14 municípios.

É durante essa etapa também que será avaliado se há a necessidade de construção de outros aterros sanitários. O Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos tem um investimento total de R$ 2,8 milhões e está inserido no Programa de Aceleração de Crescimento 2 (PAC2) - Programa de Saneamento Básico.

“Esse trabalho é fundamental para o planejamento e organização da Região Metropolitana do ponto de vista ambiental e de saúde pública. Nós temos muito ainda a fazer sobre o lixo. Com essa autorização de hoje, nós vamos poder partir para investimentos maiores no futuro, baseado no resultado dessa segunda etapa do projeto a ser entregue”, disse o ministro das Cidades.

Durante o evento em Muribeca, Bruno Araújo aproveitou para anunciar a liberação de R$ 906 milhões para que a empresa BRK Ambiental, parceira da Compesa na PPP do Saneamento, continue os trabalhos de saneamento.

PANORAMA
Quando a primeira etapa do Plano Nacional de Resíduos Sólidos foi concluída, em 2014, a Região Metropolitana do Recife produzia diariamente quatro mil toneladas por dia, sendo que em média 2,5 mil toneladas são oriundas da capital Recife. Atualmente, existem dois aterros sanitários privados na RMR, O CTR Candeias e o CTR Pernambuco, que recebem os resíduos de 11 municípios, um aterro público em Ipojuca e dois lixões, um em Camaragibe e um em São Lourenço da Mata.

O volume de recursos financeiros envolvidos na limpeza pública da RMR é de R$ 10 milhões por mês. Com a gestão consorciada e compartilhada do lixo, a expectativa da Secretaria das Cidades é enquadrar a região metropolitana dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“Quando concluída essa segunda etapa, vamos sentar com todos os 14 municípios para se fixar investimentos futuros na área de resíduos sólidos”, disse o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Os municípios brasileiros precisam se enquadrar dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevista na Lei 12.205/2010, para que os municípios recebam investimentos para projetos de destinação de lixo e afins.

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