Madrugada Porteiro libera assaltante após falta de retorno da PM Em nota, Polícia Militar reconheceu congestionamento de demandas no sistema de atendimento

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 21/08/2017 10:49 Atualizado em: 21/08/2017 14:24

Porteiro libera assaltante após falta de retorno da PM. Foto: Julio Jacobina/ DP/ DA Press
Porteiro libera assaltante após falta de retorno da PM. Foto: Julio Jacobina/ DP/ DA Press

Moradores e funcionário do Edifício Margarida Renda Colonial, localizado na avenida Rosa e Silva, bairro das Graças, Zona Norte do Recife, viveram momentos de tensão e indignação na madrugada desta segunda-feira. Por volta de 1h, o porteiro do prédio viu, pelas câmeras de segurança, uma pessoa tentando furtar bicicletas da garagem. O funcionário foi ao local, deteve o suspeito, que aparentava ser adolescente e telefonou para o 190 da Polícia Militar para entregá-lo para a polícia.

O rapaz foi colocado em uma área entre as portas de vidro de segurança, enquanto o porteiro aguardava a chegada da PM. De acordo com o suspeito, outros dois homens participaram da investida e estariam na garagem. Até o momento não se sabe se foi uma tentativa de intimidação do adolescente ou se a dupla teria conseguido fugir.

Um casal de moradores que desceu do imóvel para receber encomendas de um restaurante percebeu a situação e auxiliou o funcionário, reforçando a solicitação à PM. No entanto, até o momento, a corporação não enviou uma viatura ao local.

"Eu liguei pela primeira vez à 1h40, quando o porteiro já havia ligado. Depois de mais de 30 minutos de espera, tento novamente saber o que aconteceu e sou informada que a viatura sequer foi despachada! 'Não há viatura disponível', diz o setor militar que acompanha as ocorrências. Já foi um martírio chegar até esse setor, porque é preciso passar primeiro por um telemarketing que parece de empresa, com música de espera e tudo. Um detido e dois bandidos soltos, uma pessoa (o porteiro) com risco de vida aguardando socorro policial... E nada", desabafou uma moradora.

Segundo ela, na última ligação, feita por volta de 3h, o serviço de telemarketing repassou o recado do setor militar de que, quando houvesse viatura disponível, ela seria enviada ao local. "Quando saímos para trabalhar, soubemos do porteiro que assumiu o turno da manhã que o porteiro, sem qualquer retorno da polícia, resolveu liberar o suspeito e registrar o caso no livro de ocorrências do prédio", disse.

Procurada pelo Diario de Pernambuco, a Polícia Militar se pronunciou sobre o caso por meio de nota oficial. Confira o texto na íntegra:

A Polícia Militar de Pernambuco reconhece que houve congestionamento de demandas no sistema de atendimento, quando da solicitação para deslocamento de viatura para a ocorrência citada. Isso se explica quando o número de solicitações ultrapassa a capacidade média de  lançamento de viaturas no mesmo horário. Isso é uma excepcionalidade. No momento do registro junto ao CIODS (Centro Integrado de Operações de Defesa Social) todas as viaturas estavam empenhadas em ocorrências e não seria possível deslocar uma viatura que estava com ocorrência em andamento para atender à outra. Quando a viatura foi disponibilizada o suspeito já havia sido liberado pelos próprios populares.






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