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Caso Geap Polícia apresenta inquérito sobre latrocínio em centro espírita Quatro pessoas acabaram mortas durante a ação criminosa

Publicado em: 24/07/2017 08:16 Atualizado em: 24/07/2017 08:33

Polícia apresenta inquérito sobre latrocínio no centro espírita. Foto: Talytha Tavares/Esp.DP
Polícia apresenta inquérito sobre latrocínio no centro espírita. Foto: Talytha Tavares/Esp.DP

A Polícia Civil e a Polícia Científica apresentam nesta segunda-feira o resultado do inquériro sobre o caso de latrocínio registrado no Grupo Espírita Amor ao Próximo (Geap), em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Quatro pessoas acabaram mortas durante a investida. . A entrevista coletiva acontece esta tarde no auditório da sede operacional da Polícia Civil, na Rua da Aurora, no Recife.

O crime aconteceu na noite do dia cinco de julho, por volta das 21h, durante uma palestra com o psicólogo Liszt Rangel. Cerca de 150 pessoas estavam no Geap quando aconteceu o assalto que acabou com quatro pessoas mortas. Morreram no local a professora Luisiana Barros Costa Nunes, 57 anos, o cabo da Polícia Militar Alexandre Melo, e os suspeitos de envolvimento com o assalto, Cleiton Fiorentino de Oliveira, 23, Felipe Lima Ferreira da Silva, 18.


Durante o tiroteio, várias pessoas ficaram feridas, entre elas Jeferson Gonçalo da Silva, 22, que foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, e Daniel de Souza Brum, 30, encaminhado primeiramente para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, encaminhado para o Hospital da Restauração com uma fratura exposta no braço esquerdo. Com os suspeitos, a Polícia Militar apreendeu armas, celulares e relógios.


No dia 10 de julho entregou-se à polícia um dos suspeitos de participar do assalto.  José Roberto Alcântara, de 22 anos, confessou o envolvimento no caso e disse ter tomado a decisão de se entregar após sofrer ameaças de morte por parte de policiais e que desde o dia do crime estaria escondido na prória localidade. O suspeito chegou por volta das 10h30, à sede da Divisão de Homicídios Sul, em Prazeres, Jaboatão, acompanhado pelo advogado Valmir Rêgo Barros.

José Roberto acrescentou que seis pessoas participaram da investida, mas negou a versão da polícia de que havia dois homens assistindo à palestra, garantindo que todos teriam chegado juntos ao local: quatro em um carro e dois em uma motocicleta. Segundo ele, o crime não teria sido premeditado, adiantando que se soubesse que se tratava de um centro espírita não teria participado. Ele contou que estava em casa quando foi chamado por dois amigos para participar de um assalto. Disse ainda que apenas os dois assaltantes mortos estariam armados, os únicos que ele conheceria também. Questionado sobre quem teria reagido ao assalto, ele disse não ter visto, uma vez que estaria recolhendo os objetos das vítimas. Diante disso, o advogado defende que ele teria participado de uma tentativa de assalto e não de um latrocínio (roubo seguido de morte).

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