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Projetos Fórum internacional seleciona exemplos para centros urbanos

Publicado em: 28/07/2017 07:40 Atualizado em: 28/07/2017 07:45

Os urbanistas acreditam que pequenas práticas podem mudar grandes cidades. Para transformar seus projetos em realidade, no entanto, eles enfrentam o desafio de engajar a comunidade e gerar a sensação de pertencimento aos espaços públicos da urbe. No último dia do 4º Congresso Pernambucano de Municípios e do Fórum Internacional Hoje - Implementando Cidades Sustentáveis, no Centro de Convenções, foram apresentados três projetos brasileiros que vêm dando certo e podem servir de inspiração.

No Recife, há alguns anos, as vias eram mais largas e verdes, e não havia tantos prédios. Essa mudança trouxe vários impactos para a qualidade de vida. A partir desse processo surgiu o Observatório do Recife, que monitora a satisfação dos moradores e propõe intervenções práticas e ações que os reconectem com o bairro e a cidade. Um exemplo são encontros para conhecer e aproveitar os parques e pontos históricos. Lígia Lima, que faz parte da coordenação do Observatório, enfatizou, durante a apresentação, que essa atitude é simples, mas torna a cidade mais agradável.

A coordenadora da ONG paulista A Cidade Precisa de Você, Úrsula Trancoso, se disse entusiasta dos projetos que vêm sendo desenvolvidos no Recife, como o Parque Capibaribe, que pretende tornar o rio acessível por toda sua margem. Seu grupo, baseado em São Paulo, tenta fazer algo parecido com o Rio Tietê. “Lá é mais difícil, pois enfrentamos muitas dificuldades ante a prefeitura”, lamentou.
Uma das idealizadoras do Plano Diretor Centro Manaus, Rebeca Leão contou que em apenas 15 anos a chamada “mancha urbana” (área ocupada pela cidade) duplicou de tamanho na capital do Amazonas. No centro urbano, a concentração populacional é menor. Nas periferia, vivendo em moradias irregulares e em áreas de preservação ambiental, está presente a maior parte da população. Essa contradição fez o grupo se mexer e começar a propor soluções. “Queremos tratar os arredores do Centro para aproximar a população do Rio Negro e da floresta”, explicou Rebeca.

O arquiteto e mediador do debate, Roberto Montezuma, ressaltou o caráter de troca de ideias que teve o encontro e afirmou que para que a cidade seja boa para seus habitantes e evolua, é preciso de uma construção coletiva.

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