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Pet Abrigo temporário de animais no bairro do Prado precisa de ajuda Doações de material de limpeza, areia para gato, ração e remédios para verme são bem-vindas para a unidade

Publicado em: 30/07/2017 10:22 Atualizado em: 30/07/2017 11:59

Fotos: Thalita Tavares/Esp DP
Fotos: Thalita Tavares/Esp DP

Uma parte do teto da casa de passagem para cães e gatos, Eu Amo Animais, no bairro do Prado, Zona Oeste do Recife, caiu há duas semanas.  Além dos problemas com o telhado, as paredes estão mofadas e com lodo. No lugar do branco original da pintura, uma mancha esverdeada. O espaço para “abrigar” os animais está também com goteiras em todos os cômodos. Nessas condições vivem 12 cachorros e 64 gatos. A chegada de novos animais está temporariamente suspensa.

Desde 2014, quando o abrigo abriu as portas, já foram recolhidos e colocados para a adoção 250 animais. Hoje, mantê-los, mesmo de forma temporária, está cada vez mais difícil. A casa de passagem dos animais precisa de qualquer tipo de ajuda desde material de limpeza, areia para gato, ração, medicamentos e remédio para verme, além de contribuições para a reformar o telhado da casa, as inflitrações e a pintura.

A manutenção do espaço depende exclusivamente de doações. E quando a ajuda não chega de fora, os responsáveis pelo espaço Eulália Tavares e Elpídio Araújo costumam bancar do próprio bolso. Os cuidadores dos animais sabem bem o que isso significa. Só para a alimentação dos 76 animais, o custo semanal é de R$ 350. Como o espaço foi cedido por um parente da família, não há gastos com aluguel.  “Não pagar o aluguel é uma vantagem, mas os reparos precisam ser feitos para oferecer uma melhor qualidade aos animais que passam por aqui até encontrar um lar”, ressaltou Elpídio Araújo.

Um engenheiro conhecido esteve no local e alertou sobre os riscos do teto desabar. Algum arquiteto voluntário também pode colaborar com um projeto ou dicas de como usar melhor o espaço. O abrigo conta atualmente com cinco voluntários, mas já chegou a ter vinte. “Com essa evasão e a falta de estrutura não temos mais como recolher outros animais. E não queremos mais nem usar a palavra abrigo porque muitas pessoas querem tirar os animais da rua, em gesto de nobreza, mas não cooperam para manter o local de acolhimento ”, contou o cuidador Elpídio Araújo. O último resgate foi o da cadela Lilica, da cor preta, no ano passado.

Fotos: Thalita Tavares/Esp DP
Fotos: Thalita Tavares/Esp DP

“Já resgatamos uma filhote dentro de um saco de lixo deixada para morrer e até já jogaram filhotes de gato por cima do muro”, contou Eulália Tavares. Apesar das dificuldades, os dois cuidadores que abraçaram a causa se sentem recompensados. “É gratificante ajudá-los. A gente dá e recebe muito carinho de volta, mas é importante que cada um encontre um lar”, confessou Eulália.

Quanto menos tempo o animal permanecer na casa de passagem, melhor é. Isso implica em um trabalho de divulgação nas redes sociais para sensibilizar as pessoas a adotarem. Quanto mais gente divulgando, maior será o alcance. Quem quiser pode entrar em contato pelo WhatsApp no número (81) 98474.8533. Os cuidadores virtuais também podem colaborar nos mutirões para dar banho e embelezar os animais deixando-os mais atraentes para os futuros donos.

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