Justiça Treze testemunhas serão ouvidas hoje na 1ª audiência do caso Mirella Réu entrou por trás do fórum e foi xingado. Amigos e familiares protestaram com camisas com a inscrição "Somos todos Mirella" e cartazes contra o feminicídio

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 21/06/2017 10:13 Atualizado em: 21/06/2017 11:24

Treze testemunhas de acusação, incluindo a mãe e o pai da vítima serão ser ouvidas hoje. Foto: Mariana Fabrício/ DP
Treze testemunhas de acusação, incluindo a mãe e o pai da vítima serão ser ouvidas hoje. Foto: Mariana Fabrício/ DP
Começou por volta das 8h30 desta quarta-feira, na 3ª Vara do Tribunal de Júri da Capital, no Fórum Thomaz de Aquino, a primeira audiência de instrução e julgamento do comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos. Ele é acusado de assassinar a vizinha, a fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo.

O réu chegou por volta das 8h15 e entrou por trás do fórum. De cabeça baixa e aparentando frieza, ele foi xingado por pessoas que passavam pelo local. Amigos e familiares protestaram com camisas com a inscrição "Somos todos Mirella" e cartazes contra o feminicídio. Treze testemunhas de acusação, incluindo a mãe e o pai da vítima vão ser ouvidas hoje de manhã. A audiência, presidida pelo juiz Pedro Odilon Alencar, não tem hora para terminar. A imprensa não pode acompanhar a sessão.
Amigos e familiares protestaram com camisas com a inscrição "Somos todos Mirella" e cartazes contra o feminicídio. Foto: Mariana Fabrício/ DP
Amigos e familiares protestaram com camisas com a inscrição "Somos todos Mirella" e cartazes contra o feminicídio. Foto: Mariana Fabrício/ DP

A fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo, 28 anos, foi encontrada morta na manhã do dia 5 de abril, na sala do flat onde morava, no 12º andar do edifício Golden Shopping Home Service, na Rua Ribeiro de Brito, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Vizinhos disseram que, por volta das 7h, ouviram vários gritos e acionaram o funcionário do prédio, que chamou a polícia.


O corpo da vítima foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos. O apartamento 1206 estava revirado, e os peritos encontraram manchas de sangue na porta do 1208, onde Edvan Luiz morava com a esposa. Os policiais bateram, mas como o morador não respondia, a porta foi aberta com ajuda de um chaveiro.

Além do crime de Mirella, Edvan passou a ser suspeito da morte de uma mulher assassinada no ano de 2013, no bairro do Cabanga. Ele e outros dois homens são investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Pernambuco.



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