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SAÚDE Paciente com suspeita de raiva humana morre na UTI do Hospital Oswaldo Cruz Ela teve falência múltipla dos órgãos e faleceu no início da noite desta quinta-feira

Publicado em: 29/06/2017 20:23 Atualizado em: 29/06/2017 21:17

A paciente com suspeita de raiva humana que estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, no Recife, morreu no início da noite desta quinta-feira. A unidade de saúde confirmou a morte, no entanto, a causa primária ainda não foi divulgada oficialmente, mas a principal suspeita é a de raiva. Como causa secundária, foi registrada a falência múltipla dos órgãos. Agora, o corpo será encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para que, através de perícias específicas no cérebro da paciente, seja constatada a real causa da morte.

Adriana Vicente da Silva, 35 anos, deu entrada no Hospital Agamenon Magalhães (HMA), na madrugada do último dia 25, em estado grave, com pressão baixa e foi imediatamente entubada. No dia 26, ela foi transferida para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), onde permaneceu em agravamento de quadro. "Ela já chegou precisando de suporte ventilatório, com pressão baixa, urinando pouco. E a situação desde então estava se agravando", comentou a coordenadora da UTI DIP do Huoc, Ana Flávia Campos.

Esse é o primeiro caso a ser atendido no hospital desde 2008, quando um morador da cidade de Floresta, no Sertão de Pernambuco, foi infectado pela doença, transmitida por cães, gatos, morcegos e saguis. Marciano Menezes da Silva foi o primeiro brasileiro e o terceiro no mundo a ser curado da raiva humana.

Contaminado aos 16 anos após ser mordido por um morcego hematófago, o jovem ficou internado no Oswaldo Cruz até setembro de 2009. O caso tornou-se referência internacional para o tratamento da doença. O jovem, hoje com 24 anos, teve sequelas como dificuldade para andar, falar e crises convulsivas.



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