Apac Grande Recife e Matas Norte e Sul vivem mais um dia de alerta de chuvas Precipitações de moderadas a fortes podem ocorrer de forma isolada ao longo do dia. Alagamentos já causam transtornos em várias cidades

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 29/06/2017 07:41 Atualizado em: 29/06/2017 08:12

A Agência Pernambucana de Águas e Climas emitiu um novo alerta de continuidade de chuvas de intensidade forte e moderada até as 17h desta quinta-feira. As áreas mais atingidas serão a Região Metropolitana do Recife e as Matas Norte e Sul do estado. As precipitações podem ocorrer de forma isolada ao longo do dia.

Nas últimas 24 horas, o município de Rio Formoso, na Mata Sul, teve o maior acumulado de chuvas: 105,63 mm. Em segundo vem Ipojuca com 104,94 mm e depois Barreiros com 101,10 mm. No Recife, o acúmulo foi de 75,93 mm, em Jaboatão de  68,39 mm e em Olinda de 65,11 mm.

Os moradores da Mata Sul já sofrem os efeitos dessas precipitações, com vários casos de alagamento. No Grande Recife, diversas vias como a Avenida Mascarenhas de Moraes, no Recife e ruas do bairro de Jardim Brasil, em Olinda, e de Prazeres, em Jabaotão dos Guararapes, têm vários pontos de alagamentos.O pico da maré nesta quinta-feira acontece às 8h, com 2,1 m e às  20h38, com 1,9m , de acordo com a Marinha do Brasil.

Nesta quarta-feira, em Olinda, moradores do bairro de Peixinhos, ficaram assustados com os fortes ventos que atingiram a localidade. Nas imediações do Centro da Moda, na Avenida Presidente Kennedy, casas e galpões foram destelhados e um portão de alumínio foi arrancado pela ventania. Quem estava na rua correu para se proteger.

O fenômeno, de acordo com os moradores, durou cerca de cinco minutos. Ninguém se feriu. Houve apenas danos materiais. O motorista Moisés Inácio dos Santos, 54, vive na Rua Carmela Dutra desde que nasceu e afirmou nunca ter visto algo parecido. “Começou a chover e, logo em seguida, a ventania. Parecia um tornado. A gente só via as telhas voando”, contou.

Na Rua Embaixador Cristiano Machado, os vizinhos Petrúcio José de Assis, 63, e Laurinda da Silva, 49, ficaram sem energia elétrica após a passagem dos fortes ventos, que também levaram as telhas das casas. De acordo com Petrúcio José, que é motorista, o prejuízo para repor o telhado é em torno de R$ 16 mil.

Para a família de Amanda Barbosa, 14, moradora da Rua Luiz Barbalho, a situação foi “desesperadora”. Segundo a estudante, os ventos, que traziam uma poeira branca foram tão fortes que formaram um pequeno ciclone e acabaram derrubando uma mangueira do terraço, que caiu em cima do telhado da casa. A Prefeitura de Olinda já antecipou que não irá arcar com os prejuízos dos moradores, uma vez que a ventania é um fenômeno natural.



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL