Por: Jaílson Paz - Diário de Pernambuco
Publicado em: 24/03/2017 08:10 Atualizado em:
Quem mora no Recife ou vem à cidade anda de ônibus. Se antes comprovada no olho, a afirmação, feita a partir da Pesquisa Origem-Destino do Recife, reforça a tese de especialistas de que ao transporte coletivo deve se dar prioridade em lugar do individual. Afinal, embora o acesso ao automóvel tenha sido mais fácil e crescido a percepção de que há uma fuga de passageiros, o ônibus ainda transporta mais da metade das pessoas com destino ao trabalho e quase 45% de quem se dirigia à escola. Logo, essencial. Essencial por atender a parcela mais expressiva de quem por aqui passa ou vive e por ser um dos modais que emite, na conta per capita, menos gases de efeito estufa do que a opção automóvel. E, seja pela necessidade de mudanças ambientais seja pela exigência de melhorar o deslocamento de quem vai ou volta do trabalho, da escola ou do lazer, os órgãos públicos, municipais e estaduais, são empurrados a priorizar o transporte coletivo. Fora desse, é fato consumado: a cidade de congestionamentos diários, exemplificada nas avenidas Abdias de Carvalho e Rosa e Silva, tende a se alargar.
Sem resposta
O questionamento na fachada de um imóvel da Rua dos Coelhos, na Boa Vista, é antigo, mas ninguém responde com exatidão. Há suposições. E os pacientes do Imip, enquanto esperam ônibus para o retorno a cidades do interior do estado, continuam batucando “por que todo Severino tem o apelido de Biu?”. Fica a pergunta.
Conflito de interesse
A disputa na esquina da Rua dos Prazeres com a Rua dos Coelhos, Boa Vista, está acirrada. Ambulantes que disputam freguesia entre os pacientes e familiares de pacientes do Imip ocupam cada centímetro. Sobra pouco espaço para os veículos girarem da Rua dos Coelhos para a dos Prazeres, congestionando, aqui e acolá, o tráfego.
Querendo se livrar
Os moradores da Rua Coronel Joaquim Cavalcante, no Varadouro, Olinda, trocariam o cheiro de esgoto que impera no logradouro pelo de limpeza. Tentam o câmbio desde o início do mês. Reclamaram do esgoto estourado aos órgãos competentes. Receberam número de protocolos e promessas de resolução. Nada se cumpriu.
Perigo no muro
No Pacheco, em Jaboatão dos Guararapes, mães e pais acresceram a orientações aos filhos a de passar longe do muro da Unidade Saúde da Família do bairro. Temem que esse desabe sobre as crianças. Do muro, a parede lateral não existe mais, parte da parede posterior caiu e a da frente apresenta rachaduras, podendo se desmanchar a um empurrão.
Tempo integral
Há semanas, mães com filhos na Creche Menino Jesus, em Casa Forte, reclamam da falta de professores e de auxiliares. A consequência é que poucas vezes, neste ano, os filhos ficaram na creche em tempo integral. Ao procurarem o motivo, a justificativa dada é que a prefeitura resolverá o problema em breve. Breve só em palavras.
Óleo utilizado
Por ano, o projeto de coleta seletiva que envolve a Compesa e a indústria Asa recolheu a média de 685 mil litros de óleo de cozinha utilizado. O número é expressivo, embora pequeno frente ao potencial existente. Em oitos, a partir de 2008, o projeto atuou em 47 dos 184 municípios do estado. Bem que as prefeituras poderiam aderir à proposta.
Nobel da Paz
As pressões do regime militar para que dom Helder não ganhasse o Nobel da Paz será o tema da Casa Museu Dom Helder Camara, no Derby, para a Semana Nacional de Museus, em maio. Por três vezes, nos anos 1970, o arcebispo foi indicado ao prêmio e governo agiu contra. Há relatos de ameaças de sanções às empresas suecas no Brasil.
