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Justiça Caso Thiago Faria: Mysheva presta depoimento e reacende acusações contra José Maria

Publicado em: 24/10/2016 20:36 Atualizado em: 24/10/2016 21:04

Crime aconteceu em outubro de 2013. Foto: Reprodução
Crime aconteceu em outubro de 2013. Foto: Reprodução
O primeiro dia de julgamento dos acusados de assassinar o promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, teve um dos depoimentos mais aguardados. A noiva da vítima, a advogada Mysheva Freire Ferrão, de 33 anos, que no processo consta como vítima de tentativa de homicídio, contou o que viveu ao lado do noivo e do tio durante a abordagem que resultou na morte do promotor por quase quatro horas. Ela voltou a apontar José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado por uma disputa por posse de terras da Fazenda Nova, uma propriedade que fica em Águas Belas e é farta de água mineral, pasto para gado e madeira. Segundo o depoimento de Mysheva, sem a influência de Thiago Faria no processo de imissão de posse do imóvel, que também pertence a família dela, a situação estaria parada até hoje. A intervenção teria motivado a raiva de José Maria, que era um dos beneficiários com a comercialização dos bens da fazenda. A briga teria começado quando ela adquiriu 32 hectares do imóvel, incluindo a casa onde o réu vivia com a família, em um leilão. Então começaram as ameaças relativas à desocupação da casa. José Maria mandava seus funcionários.

No depoimento, a mulher lembrou até mesmo uma conversa entre ela, o noivo e a esposa de José Maria, na Fazenda Nova, quando o promotor ameaçou desengavetar processos existentes contra o marido dela. "Seu marido é bandido e as pessoas têm medo dele em Águas Belas. Mas não mexa com Mysehva. Minha caneta é pesada", lembrou em depoimento.

Relembre o caso
O crime aconteceu em outubro de 2013, no Km 19 da PE-300, em Águas Belas, no Agreste do estado. O promotor Thiago faria Soares estava acompanhado da noiva e do tio dela quando dirigia sentido ao município de Itaíba. Os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás desse veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu do carro do noivo e se protegeu no barranco. O tio dela também saiu do veículo e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio escaparam ilesos.

Confira a cobertura completa do caso no Diario de Pernambuco desta terça

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