Diario de Pernambuco
Busca
Julgamento Termina neste domingo o julgamento da morte do cirurgião Artur Eugênio Crime foi cometido em maio de 2014, e os quatro acusados estão presos no Centro de Triagem,em Abreu e Lima

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 25/09/2016 10:32 Atualizado em:

Chega ao fim neste domingo (25) o julgamento do assassinato do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo, de 36 anos, morto em maio de 2014. O júri popular iniciado na última quarta-feira (21) teve a conclusão - antes prevista para a próxima terça-feira (27) - para este domigo, no Fórum de Jaboatão dos Guararapes.

O inquérito divulgado ao fim das investigações apontou o também médico Cláudio Amaro Gomes - que havia sido chefe de Artur - como mandante do crime. O filho de Cláudio Amaro, Cláudio Júnior, também foi relacionado ao assassinato, assim como Lyferson e Jailson Duarte César. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e estão presos no Centro de Triagem, em Abreu e Lima. Um quinto suspeito, Flávio Braz de Souza, foi morto em troca de tiros com a polícia em fevereiro de 2015, antes que as prisões fossem decretadas.

A execução teria sido motivada por desavenças profissionais entre a vítima e Cláudio Amaro Gomes, segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), e o pagamento pelo assassinato teria chegado aos R$ 100 mil. Segundo a polícia, Flávio foi a pessoa que atirou em Artur. Jailson foi o responsável por apresentar Lyferson e Flávio a Cláudio Amaro Júnior. A arma utilizada no crime, uma pistola 9mm que pertencia a Flávio, nunca foi encontrada pela polícia.

Os quatro acusados negam a participação.

>> O caso

O médico Artur Eugênio foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes. O médico Cláudio Amaro Gomes responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). O acusado Cláudio Amaro Gomes Júnior será julgado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) – em concurso material com furto qualificado mediante fraude com comunicação falsa do crime e dano qualificado pelo uso de substância inflamável, material usado para queimar o carro da vítima, que também foi roubado.

Já os acusados Lyferson Barbosa da Silva e Jailson Duarte César responderão por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com o crime de dano qualificado. Para a decisão de pronúncia, a juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, levou em consideração os laudos periciais dos fatos anexados aos autos, além da audiência de instrução e julgamento realizada em sete datas entre os dias 14 de outubro de 2014 e 10 de junho de 2015. Nas audiências foram interrogados os réus e ouvidas cerca de 60 testemunhas.

O delegado Guilherme Caraciolo, que investigou o crime, disse na conclusão do caso que Artur sabia de muitas coisas erradas cometidas por Cláudio Amaro e não concordava com nenhuma delas. Eles chegaram, inclusive, a romper uma sociedade e Artur pretendia mover um processo por assédio moral contra Cláudio. No dia da apresentação do inquérito, Caraciolo falou que o superfaturamento de cirurgias e o recebimento de percentual do valor pago pelos convênios em casos onde o paciente precisasse de internação na UTI estavam entre as supostas acusações feitas contra Cláudio Amaro.


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL