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Polícia Preso na Imbiribeira suspeito de praticar estupros na Zona Sul do Recife Homem teria envolvimento em pelo menos cinco casos de estupros ou tentativas de estupro registrados nos bairros de Boa Viagem, Ipsep e Imbiribeira

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/09/2016 10:24 Atualizado em: 15/09/2016 11:27

Foi preso na manhã desta quinta-feira, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, um vigilante suspeito de envolvimento em pelo menos cinco casos de estupros ou tentativas de estupro registrados nos bairros do Ipsep e Imbiribeira. O suspeito, identificado pela polícia como Cícero Gilberlandio Pereira dos Santos, 43 anos, foi preso dentro da casa onde morava.

Havia um mandado de prisão temporária por roubo e estupro contra ele e a prisão foi possível após dois meses de investigação dos policiais da delegacia de Boa Viagem. O suspeito atuava na Imbiribeira e Ipsep. Segundo a polícia, em todas as ações criminosas o suspeito abordava a vítima em uma motocicleta, roubava os pertences  e em seguida e mediante grave ameaça consumando o estupro. Ele abordava sempre mulheres que caminhavam sozinhas. Uma das vítimas foi abusada duas vezes ao sair de uma academia de ginástica. Detalhes sobre o caso serão divulgados na manhã de sexta-feira durante entrevista coletiva na Delegacia de Boa Viagem.

Suspeito de estupro em Parnamirim foi preso ontem
Ontem, policiais da 1ª Delegacia da Mulher de Santo Amaro e do Departamento de Polícia da Mulher/ DPMUL prenderam o flanelinha Wellington da Silva Ferreira, de 30 anos, suspeito de estuprar uma estudante de medicina de 29 anos. A vítima foi abordada no dia 16 de agosto, bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife. Wellington foi preso na casa de parentes em Limoeiro, Agreste de Pernambuco, a 77 km do Recife, numa ação em conjunto coom a equipe de investigação policial da Delegacia de Limoeiro.

O preso foi trazido ao Recife pela equipe da Coordenação de Operações de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil para a sede do DPMUL, no Bairro do Recife, onde presta depoimento, antes de seguir para o Centro de Observação Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Ainda em Limoeiro, o suspeito falou sobre o crime: "Infelizmente, essa pessoa botou a seta que ia parar e eu abordei. Mas só que minha intenção não era de estuprar ela, era de assaltar ela (sic)" 

À tarde, os detalhes sobre a prisão serão divulgados durante entrevista com os delegados Inalva Regina, Ana Elisa Sobreira e Jean Rockfeller, também na sede do Departamento de Polícia da Mulher. Apesar da recompensa oferecida de R$ 10 mil, de acordo com a polícia a prisão resultou de investigações do Departamento de Polícia da Mulher e da Delegacia de Limoeiro, e não de informações repassadas ao Disque Denúncia.

A universitária de 29 anos foi abordada por volta das 18h do dia 16 de agosto na Rua André Cavalcante, Parnamirim, quando chegava à casa dos pais. Ao entrar no carro, foi rendida pelo bandido com uma faca e levada à BR-101, em Jaboatão, onde ocorreu o abuso sexual. Além de violentar a mulher, o criminoso também tirou fotos dela nua. O crime no Parnamirim foi cometido pouco menos de um mês depois do suspeito ter sido libertado após cumprir pena por tentativa de homicídio no Complexo Prisional do Curado.

A polícia investiga ainda se Wellington teria estuprado uma empresária de 32 anos que foi vítima de uma investida com características parecidas com o abuso sexual contra a universitária. Na última quinta-feira, ela foi rendida, desta vez com um revólver calibre 38, quando saía de uma lavanderia na Rua Amélia, no bairro das Graças, por volta das 12h. O criminoso também a obrigou a seguir em seu carro até a BR-101 e a violentou. Ambos os estupros geraram intensa repercussão nas redes sociais, levando a polícia a ressaltar que não há motivo para pânico.

Cautela
Na terça-feira, durante entrevista realizada na Secretaria da Mulher de Pernambuco, a delegada Inalva Regina, uma das responsáveis pela apuração dos dois casos, comentou sobre os avanços das investigações nos últimos dias. Segundo ela, um terceiro estupro, cujas informações circularam nas redes, não foi registrado em nenhuma delegacia e, por isso, não há como a polícia investigar. “A mulher procurou atendimento hospitalar, mas não prestou queixa.”

A polícia também pediu cautela sobre a divulgação de boatos. “Sob hipótese alguma pode-se afirmar que os três crimes foram cometidos pelo mesmo homem. Características físicas não são provas”, afirmou. Nos próximos dias, as investigadoras devem realizar o exame que compara os materiais genéticos dos agressores deixados nas vítimas.



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