Polícia Procurado por estupro é preso em Limoeiro

Publicado em: 14/09/2016 17:58 Atualizado em: 14/09/2016 20:25

Wellington foi identificado por uma das vítimas. Cartaz: SDS/Divulgação
Wellington foi identificado por uma das vítimas. Cartaz: SDS/Divulgação


O homem procurado por estuprar uma estudante de medicina na Zona Norte do Recife foi preso, na tarde desta quarta-feira, em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco. Mais cedo, a Secretária de Defesa Social (SDS) anunciou recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem à prisão de Wellington da Silva Ferreira, ex-presidiário também conhecido como "Matuto". Mas a prisão aconteceu por meio de investigações do Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL) e da Delegacia de Limoeiro, e não pelo Disque Denúncia.

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS) as estatísticas de mulheres vítimas de estupro em Pernambuco tiveram queda de 20% se comparado ao ano passado, mas mesmo assim foram estupradas 965 mulheres no estado. No Recife, os dados informam queda de 25%, mas de janeiro até agosto deste ano 175 mulheres sofreram abuso sexual. Os dados de 2015 chocam ainda mais. No ano passado, um total de 1.230 foram abusadas entre janeiro e agosto. No Recife, foram 232 mulheres.

A prisão de Wellington foi confirmada pela Polícia Civil no fim da tarde desta quarta-feira. O homem é suspeito de abusar sexualmente de uma estudante, no dia 16 de agosto, quando ela ia para a casa dos pais, no bairro de Parnamirim. Outros dois casos de estupro na Zona Norte estão sendo investigados, mas não há confirmação de que teriam sido cometidos pelo preso.

Wellington da Silva Pereira passou quatro anos preso por tentativa de homícidio, depois de um mês em liberdade ele teria abordado a universitária. Para a SDS, não restava dúvidas de que ele praticou o crime contra a vítima no bairro de Parnamirim. "Nós podemos afirmar com convicção que ele é o culpado do estupro ocorrido contra a estudante de medicina", afirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.



Nessa terça, durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria da Mulher de Pernambuco, a delegada Inalva Regina, uma das responsáveis pela apuração dos dois casos de estupro ocorridos recentemente na Zona Norte, comentou sobre os avanços das investigações nos últimos dias. Segundo ela, o terceiro caso não foi registrado em nenhuma delegacia e, por isso, não tem como a polícia investigar. "A mulher procurou atendimento hospitalar, mas não prestou queixa".

A polícia também pediu cautela sobre a divulgação de boatos, principalmente nas nas redes sociais, que podem aumentar o sentimento de pânico na população. "Sob hipótese alguma a polícia pode afirmar que os três crimes foram cometidos pelo mesmo homem. Características físicas não são provas", afirma. Nos próximos dias, a polícia deve realizar o exame que compara os materiais genéticos dos agressores deixados nas vítimas.

Relembre os casos
Na última quinta-feira, uma empresária de 32 anos quando saía de uma lavanderia na Rua Amélia, bairro das Graças. O crime aconteceu por volta do meio dia, quando o suspeito levou a vítima até a BR-101 Sul onde a estuprou. A abordagem foi muito semelhante à utilizada no abuso contra uma estudante de medicina em agosto, no bairro de Parnamirim. Já a universitária de 29 anos foi abordada por volta das 18h do dia 16 de agosto deste ano, na Rua André Cavalcante, Parnamirim, também Zona Norte do Recife, quando chegava à casa dos pais.

Ao abrir a porta do carro, um Fox, estacionado em frente ao prédio, a vítima foi surpreendida pelo suspeito, armado com uma faca. Ele invadiu o carro, assumiu a direção e seguiu com a universitária. Segundo a polícia, a vítima foi estuprada às marrgens da BR-101, foi fotagrafada nua e com roupa pelo suspeito e, por volta das 22h, abandonada com o veículo, nas proximidades da estação de metrô Antônio Falcão, na Imbiribeira. O criminoso fugiu levando o telefone celular da estudante.

No dia 31 de agosto, a polícia divulgou a identidade do suspeitto: Wellington da Silva Ferreira. Nome, idade e foto foram apresentados na 1ª Delegacia de Polícia da Mulher (DEAM- DPMUL), que investiga o caso. O crime em Parnamirim foi cometido pouco menos de um mês depois do suspeito ter sido libertado após cumprir pena por tentativa de homicídio. Wellington, também conhecido como Matuto, tem 30 anos. Com a divulgação da foto e do nome, a polícia acredita na participação da população, que poderá denunciar a localização do suspeito e ter a identidade preservada pelo Disque Denúncia: 3421-9595, 3184-3553 e 9 9488-4159 (telefone funcional da delegada Inalva Regina).


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